terça-feira, 22 de novembro de 2011

Viajando #5: Roma

Quando me dei conta de que iria para Roma a primeira coisa que pensei foi que finalmente conheceria a Fontana di Trevi. Sou obcecada por ela há anos. Tudo culpa do Fellini. Sendo assim, logo que cheguei, saí em sua busca. Mesmo com dois mapas eu fiquei perdida (a anta da navegação aqui achou muito difícil não se perder em Roma), mas a um certo ponto fui seguindo o barulho de água caindo (e logo em seguida uma placa salvadora indicando o caminho) e voilà: linda, majestosa, imponente, mas diferentemente dos meus sonhos, infestada de gente. Gente saindo pelo ladrão. Tirar uma foto só sua na frente da Fontana: missão impossível. Talvez você consiga lá pelas 4h00 da matina. Eu passei por ela de manhã, de tarde, de noite, e até as 2 e meia da madrugada e ainda tinha uma pá de gente jogando moedinha. Mas tudo bem, ela é tão linda que eu aceito compartilhá-la com todos. Um monte de turistas babões como eu enquadrados pela minha velha Sony Cyber-shot integrando meu álbum de fotos virtual.

Fontana di Trevi: um dos maiores símbolos de Roma

Mas obviamente nem só de Fontana di Trevi vive Roma. E não mesmo. Haja perna e tempo pra conhecer tudo o que a cidade eterna tem pra mostrar: Piazza Navona, Piazza di Spagna, Piazza Del Campidoglio, Vittoriano, Piazza Del Popolo, Piazza della Rotonda, Panteon, Foro, Colosseo, Arco di Constantino, Trastevere, via Appia, Circo Massimo, Villa Borghese, Castel Sant’Angelo, Vaticano, Basilica di San Pietro, Cappella Sistina, e outras tantas igrejas, igrejas, igrejas e mais igrejas.

Detalhe da cúpula do Panteon na Piazza della Rotonda

Dentro do Colosseo


Um dos arcos super conservados do Foro

Basilica di San Pietro: a maior igreja cristã do mundo
Eu nunca entrei em tanta igreja na minha vida. Em toda esquina há uma igreja. E mesmo as menores e mais escondidas guardam seus tesouros.  Mas não fiquei só tirando foto não, até missa dominical eu assisti. A única coisa ruim de conhecer as igrejas italianas é que depois delas qualquer outra igreja que você conheça no mundo não vai ter tanta graça. Tudo fica meio “pobrinho”.



Aliás, acho que Roma é uma dessas cidades que tem o poder de empobrecer as outras. Principalmente do ponto de vista de uma fã de história, arte e cultura como eu. Impossível se conter estando num dos berços da civilização ocidental. Impossível não viajar no tempo ao entrar no Coliseu e imaginar as batalhas sangrentas, visualizar a vida cotidiana na Idade Romana ao caminhar pelo Forum, andar pela cidade, ver uma praça e descobrir que embaixo dela há ruínas da antiguidade ainda não escavadas.

Piazza del Popolo, com o Vaticano lá no fundo


Apesar de toda a história Roma consegue encantar ainda mais pelo seu jeito alegre e gostoso de levar a vida. Você sai de uma igreja e acaba numa praça com uma fonte maravilhosa te pedindo pra ficar lá parada, olhando para ela enquanto você toma o melhor gelato de nocciola do mundo. Depois você dá mais uma voltinha e descobre mais um sítio arqueológico, fica pensando como a vida era triste naquele tempo, sem gelato, morre de inveja dos romanos nas suas vespas e fica querendo comprar uma também, senta na mesinha de pé bambo na “calçada” do restaurante, mangia uma bela pasta com vino rosso, de sobremesa um tiramissu e o famoso ristretto pra finalizar. Aí você ganha uma rosa de um desconhecido e termina sua giornata vendo os monumentos que te sorriram de dia, agora mais lindos ainda, iluminados, te desejando buona notte.

La dolce vita? La vita è bella? Sim, a vida em Roma é irresistivelmente doce e bela. Nem que seja por apenas 4 ou 5 dias.

Castel Sant'Angelo, pertinho do Vaticano, com uma super vista lá de cima

Vittoriano, também conhecido como Altar da Pátria, na Piazza Venezia

Bisous!

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