quarta-feira, 26 de outubro de 2011

not for me

"With 17,5 million inhabitants, the São Paulo metropolitan area is the largest in Brazil. Deep social inequalities are leading to increasingly sharp spatial segregation. Districts wholly inhabited by the rich are turning into cities within the city, protected by security guards, watched by cameras, and surrounded by high walls to keep out the violence and misery that surround them. At the other extreme are the shantytowns (favelas), which were home to 1.1 percent of the population in 1973, increasing to 19.4 percent in 1993. In this new social partitioning, private enclaves are being created within public space. These are the Brazilian equivalent of the “gated communities” of wealthy suburban America. This spatial fragmentation is accompanied by a privatization of the urban environment which ultimately threatens democracy, as democracy cannot function in the absence of public space."



Estava eu navegando no site do Yann Arthus-Bertrand quando me deparei com o texto acima ao clicar numa das fotos que ele tirou em São Paulo. E eu pensei: é isso! Falou tudo! É isso que eu não quero pra mim. Viver em um lugar onde as pessoas precisam se cercar de muros, grades, arames farpados, alarmes, cercas elétricas, seguranças que controlam sua entrada e a de seus amigos na sua própria casa... isso não é vida. Isso é viver em uma prisão, ser refém do medo, refém da violência, isso é não poder ter paz e gozar de liberdade. Isso é o que quero deixar para trás.

É triste pensar que eu não acredito na mudança deste cenário, mas a real é que eu não acredito mesmo. Espero estar errada quanto ao futuro do Brasil e também espero que Deus me ilumine sempre para ter a coragem e capacidade de tomar as decisões certas com relação ao meu próprio futuro. On va voir!!!

2 comentários:

  1. Muito foda.

    A descrição é perfeita e, infelizmente, eu também sou bastante negativa com relação ao futuro desse lugar. Vejo as pessoas "iguais" a mim se fecharem cada vez em seus condomínios e carros blindados como se isso resolvesse o problema. Viram a cara para a pobreza e a desigualdade social e seguem nas suas ilhas como se os problemas não existissem.

    No auge do meu otimismo, eu só consigo acreditar que as coisas ainda vão piorar muito antes de melhorar. :-(

    ResponderExcluir
  2. Ao meu ver a desigualdade social é uma das principais doenças que destroem o país. E mais triste ainda é ver que a "elite intelectual" só faz ela crescer, sem se preocupar com suas consequências.

    ResponderExcluir