quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Viajando #3: Fethiye

Acho a Turquia um país fascinante, não apenas pela sua beleza, mas principalmente pela sua cultura milenar, pela mistura do oriente com o ocidente, suas cores, seus sons, seus sabores. Quando vi um cartão postal de Fethiye que minha amiga turca havia me mandado, disse para mim mesma que um dia conheceria aquele lugar. E nove anos depois, lá estava eu, com a mesma amiga turca, aproveitando os últimos dias de calor do outono às margens do mar Egeu.

Ölüdeniz, sua linda!
Fethiye é uma cidade da província de Muğla no sudoeste turco. Saindo de Istambul, são umas 2 horas de viagem até Dalaman, o aeroporto mais próximo à Fethiye. De lá pegamos um ônibus e uma van até Ölüdeniz, a praia mais famosa da cidade, e uma das mais famosas da Turquia. Nós não tínhamos reserva em nenhum hotel. Apenas tínhamos nossa malinha e um guia da Lonely Planet. Depois de dar uma xeretada em alguns lugares resolvemos ficar num hotelzinho simples e gostoso, com preço justo e boa localização. Aliás, achei o sul da Turquia uma pechincha comparado com os preços praticados nas cidades litorâneas brasileiras. Um hotel bem decente sai por uns USD 70,00 com café da manhã, que inclui obviamente tomate, pepino e azeitonas (sim, é meio bizarro).  A comida em geral não é cara e é muito boa, mas bem carregada na gordura e na pimenta. E o chá, esse é maravilhoso!

De dia, esse visual. De noite, puffs na "areia" e narguilé.
E nenhum farofeiro sem fone de ouvido

As minhas lembranças de lá são tão boas que tinha até me esquecido da mega alergia que tive no meio da viagem, quando fiquei toda embolada e me coçando dos pés à cabeça por dois dias inteiros, passando inclusive uma noite em claro de tanto que coçava.

Bom, sobre Ölüdeniz: a praia é simplesmente maravilhosa. A água é turquesa, cristalina e super gelada!  A praia, de rochas, é limpíssima e o mar idem. Todos os dias quando eu chegava na orla ficava babando com aquela paisagem. Ölüdeniz também é um lugar perfeito para se fazer paragliding: os ventos são ideais para a prática desse esporte e a vista, não precisa nem dizer: basta olhar as fotos. Em termos de divertimento o lugar não é muito agitado, principalmente à noite. Então a opção era beber cerveja assistindo campeonato turco no bar (eu e minha amiga adoramos futebol) e depois voltar pro hotel, jogar sinuca e continuar enchendo a cara com a gringaiada hospedada lá.
A qualquer hora do dia os paraquedas colorem o céu

Uma das atrações é fazer passeios de barco pelo litoral do mar Egeu. Minha amiga tava com vontade de conhecer um tal de Butterfly Valley, um lugar com fama de lindo, rústico e selvagem. O acesso se dá através de trilhas inimagináveis ou um barco que sai duas vezes por dia – se você estiver no vale e perder o barco, se ferrou, vai ter que ficar lá. E se ferrou mesmo porque no vale não tem alojamento (nem banheiro!). Algumas pessoas ficam acampadas lá (o que eu acho loucura total), mas aí é o gosto de cada um né. Como meu espírito de aventura é zero, só o fato de ter conseguido entrar no barco já valeu um causo de viagem, haha. 

Kelebekler Vadisi ou Butterfly Valley
Se você for pelas borboletas, não vá em outubro
... e não esqueça o repelente.

A conclusão é que apesar dos insetos, das picadas dos insetos, dos bichos estranhos soltos no mato, e do fato de eu ter visto apenas uma borboleta, o lugar vale a visita. É realmente muito bonito, a natureza grita na sua cara e o mar te convida para ficar. Mas é obvio que eu não fiquei. Sem cama e banheiro meu amigo, jamais, jamais dans ma vie!

Após deixarmos Ölüdeniz partimos rumo à Kaş, mas a continuação da viagem fica pro próximo post...

Bisous!

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Coisas ridículas da vida

Por que um pote de Nescafé, produzido no Brasil, custa mais barato no Canadá do que no próprio Brasil???

Nescafé encore (com chicória): estranho, mas eu curti

Só mais um ítem pra lista.

Bisous!

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Custo de vida no Brasil

Hey fellows!
Eu tive que voltar para o blog para postar uma matéria que acabei de ver sobre o "Ultrajante custo de vida no Brasil". Nada que eu não soubesse. Quem vive aqui sabe muito bem. Ficam com esse lero-lero de boom econômico, queda no desemprego, etc, mas e o poder aquisitivo? Cadê? O salário não chega até o fim do mês. O que eu ando vendo é algumas pessoas ficando muito, muito, muito ricas, outras saindo da miséria, muitas se endividando até os tubos (quero só ver daqui um tempo como estará essa faixa da população) para comprar o primeiro carro, a tv de lcd, a máquina de lavar no lugar do tanquinho, etc, e vejo uma outra massa que nada, nada, nada e morre na praia. Realmente, viver no Brasil tá difícil. 


"The Brazilian real is now considered by some to be the world's most overvalued currency, meaning that daily life in the country has become incredibly expensive, according to a recent article in the Wall Street Journal."

Leia a matéria completa aqui, com exemplos de preços dos mesmos produtos aqui e lá fora.

Bisous!



Canadian TV/ Télé Canadienne #1: Chuck's Day Off

Eu sou bem viciada em TV e nos últimos tempos tenho procurado e descoberto alguns programinhas canadenses bem interessantes. Então resolvi fazer uma série de posts sobre eles: alguns são legais de verdade, outros eu comecei a assistir pra treinar francês e acabei gostando e tem também aqueles que comecei a assistir e acabei dormindo (bem, esses estão foram da lista).

Chuck’s Day Off (Receitas de Chuck – GNT)
Um dos meus favoritos. É um programa de receitas apresentado pelo chef e dono de restaurante Chuck. Adoro o Chuck, ele parece uma criança na cozinha, todo goofy, parece ser um cara do bem. E as receitas dele realmente abrem meu apetite. Ele faz uns pratos gordos, suculentos, sem muita frescura. E assim como eu ele adora batata. Fico falando que quando a galera do Brasil for me visitar eu vou levá-los no restaurante do Chuck, o Garde-Manger (mas cada um paga o seu, ok, ou se quiserem pagar pra mim tb to aceitando, afinal serei a guia). Li críticas ótimas sobre o restaurante, mais especificamente sobre a comida. Mas além da longa lista de espera de até 3 meses dizem que o precinho não é nem um pouco inho. Mas uma vez na vida não faz mal né. E fora o Garde-Manger descobri semana passada que ele abriu um outro resto também em Vieux Montréal, Le Bremner. Leia a crítica aqui.


No programa sempre dá pra ver um pouquinho de Montréal, principalmente o Vieux Port e o Chuck sempre fala como é o dia-a-dia de um restaurante. E como eu trabalho nessa área ainda fico concordando sozinha com tudo o que ele diz. No final ele fala os nomes das bandas que tocaram durante o programa e são sempre bandas canadenses. Aliás, as músicas são bem legais também!

Pra quem curte um programinha de culinária modernoso, com um roquinho no fundo e um chef todo tatuado, fica a dica!

Bisous!

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Bouge-toi.

Eu to assim: começo academia, paro academia, começo academia, paro academia. Nos últimos anos eu fiquei pulando de estação em estação, sem conseguir ficar mais de 6 meses seguidos fazendo exercícios. E atenção: hoje se concretizou em ato o cúmulo da minha desesperança para com o consulado: me matriculei na academia. Com um plano anual! Vejam bem, anual. O que significa que é isso mesmo que vcs pensaram: não tenho mais esperanças de ir pro Canadá antes de outubro de 2012.

Quando comecei o processo em fevereiro eu imaginava que se tudo desse certo eu poderia aterrissar novamente na Montréal querida em pleno verão de 2012. Hoje em dia to achando que não estarei lá nem pro inverno de 2013. Parece que a cada mês que se passa os prazos vão se esticando e o consulado dá menos e menos notícias e a antiga (oficialmente ela ainda existe) previsão de 14 meses de processo federal  já foi pro saco. Acho que a galera que enviou o processo há 14 meses vai ter que esperar mais alguns ainda e imagina a turma de junho/11 (eu)... provavelmente pra mim a previsão será de 28 meses.


Não aguento mais. Não que minha vida aqui esteja insuportável. Acho que até estou bem, muito mais tranquila e feliz do que estava há 2 anos, mas só estou tranquila e feliz porque sei que vou embora (e 2 anos atrás eu pensava “será que terei que ficar enterrada aqui para o resto da vida?”). É tão difícil. Não tenho ânimo pra começar nada, pra me envolver com nada. Fico com o pensamento de que tudo no momento é provisório e isso acaba me aniquilando. Não tenho nem mais forças pra estudar francês, meu projeto número um. Toda vez que vou pegar no livro eu penso que tenho tempo, tenho mais de um ano pra estudar e posso deixar pra depois. E nisso o tempo vai passando, eu só vou desanimando e meus projetos ficam todos parados.

Ai consulado, acelera aí. Pls, pls, pls. Enquanto isso tentarei colocar em prática alguns dos meus projetos que visam, a maioria deles, me preparar para minha futura vida: montar sozinha minha cama na casa nova, aprender  a fazer todos os quitutes brasileiros que eu amo e dificilmente encontrarei no Canadá, construir dois websites, aprender a usar uma furadeira (e outras ferramentas nada femininas), aprender a instalar, conectar e programar aparelhos eletrônicos, e tantas outras cositchas mais. Vou certamente precisar de muitas almas bondosas para me ajudar. Alguém se habilita?

 Bom, pelo menos tempo não me faltará para colocar em prática meus projetinhos. Mas se eu tiver que abandonar a academia já paga e aprender a usar uma furadeira na marra lá no Canadá por falta de tempo, com certeza isso não me incomodará nem um pouco. 

Bisous! 

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Emmy Red Carpet

Pausa no momento “dépression à cause du consulat”  e vamos às fofocas do red carpet de ontem:

Sofia Vergara: covardia com as outras. Linda, maravilhosa. Um vestido lindo num corpo perfeito, quer mais o que? Sem falar nos brincos hein...

Julianna Margulies: o que deu na cabeça da Good Wife? Esse vestido é simplesmente pavoroso. Fala sério, até eu tenho coisa melhor no meu armário.

Emily Blunt: com esse Elie Saab não tem como errar né?

Julia Stiles: gostei mas fiquei com a sensação de que ela mal consegue se mexer.

Gwyneth Paltrow: quando é que um dia ela vai fazer alguma coisa naquele cabelo? Já gastou a chapinha mulher!!! E esse modelito não curti, sinceramente.

Cobie Smulders: gostei da cor que ela escolheu. Se destacou do vermelhaço que foi a noite. Mas gostei mais foi do novo cabelo. Aliás, hoje tem estréia da nova temporada de HIMYM.

Jennifer Carpenter: achei super sexy.

Katie Holmes: na boa, que coisinha mais sem graça hein? Ela se veste melhor pra passear com a Suri no parquinho das estrelas.

Enquanto isso no red carpet aqui de casa: Camila, com um make minimalista, porta um pijama surrado de 1900 e bolinha e traz como acompanhante um mini-cheeseburger e uma torta de frango com catupiry. C'est ma vie!

Bisous!

sábado, 17 de setembro de 2011

1+1=3

A esperta aqui querendo fugir dos analfabetos funcionais brasileiros, escolhe pra morar um lugar cheio de analfabetos funcionais. Canadenses.

Pandemia ou é meu dedo podre?

" A metade dos adultos no Québec tem baixa competência em leitura. A metade! Seus pobres domínios da língua francesa não os permitem ler e compreender um pequeno texto. Em um reportagem em uma classe de alfabetização o professor apontou que a face do analfabetismo mudou de maneira preocupante. Além das pessoas que são obrigadas a deixar a escola por causa do trabalho, agora encontra-se cada vez mais jovens que passam do primário para o secundário sem saber ler nem escrever." 
Para ler a matéria na íntegra, clique aqui.


Ficou curioso em quantas andam esses números por aqui? 

"Segundo dados de 2005 do IBOPE, no Brasil o analfabetismo funcional atinge cerca de 68% da população (30% no nível 1 e 38% no nível 2). Somados esses 68% de analfabetos funcionais com os 7% da população que é totalmente analfabeta, resulta que 75% da população não possui o domínio pleno da leitura, da escrita e das operações matemáticas, ou seja, apenas 1 de cada 4 brasileiros (25% da população) são plenamente alfabetizadas, isto é, estão no nível 3 de alfabetização funcional." Fonte: wikipedia

É galera, é por isso que ninguém me entende! haha

Bisous!

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Les Amours Imaginaires

Francis e Marie, dois amigos inseparáveis, se apaixonam pelo enigmático Nicolas e se envolvem em um duelo para conquistá-lo. Estão sendo eles correspondidos ou será tudo uma ilusão?


Esse é o tema do filme quebeca "Les Amours Imaginaires" (Os Amores Imaginários), de Xavier Dolan, o garoto-prodígio québecois, que com 22 anos já atuou em 13 produções, e escreveu e dirigiu 3 filmes. Aliás, em Les Amours Imaginaires, ele fez praticamente tudo: foi ator, diretor, escritor, produtor, editor, e responsável também pelo figurino e conceito visual do filme.
Já assisti o filme faz uns meses, é bem razoável. Algumas partes são meio repetitivas, mas a fotografia é muito bonita e a trilha sonora é ótima. Vale a pena!

E além de tudo é ótimo pra treinar (de novo) o santo sotaque québecois!

Bisous!

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Sonhando com o futuro enquanto ele não chega

To vendo meu Milan perder para o Barça (que eu também gosto, mas não amo igual meu Milan querido) e pagando pau pro gramado do Camp Nou. Quando é que eu vou ver outro jogo da Champions hein?

Só fico pensando em como será minha vida pós Canadá. Que emprego terei? Terei dinheiro suficiente pra fazer minhas viagens once in a while? Terei tempo? As férias no Canadá me parecem tão curtinhas, ainda mais quando além de conhecer lugares novos você ainda quer tempo pra voltar ao Brasil rever as pessoas queridas.


Tava vendo outro dia sobre as leis trabalhistas canadenses... e só fiquei pensando: passei  quase 10 anos no Brasil sendo patroa (odeio essa palavra), num país onde os empregados tem muito (mais muito) mais direitos frente ao empregador. E agora resolvo ir pro Canadá e ser empregada, num país onde os direitos trabalhistas são de longe menos vantajosos que os direitos trabalhistas daqui. (É lógico que não tenho total embasamento pra dizer isso, mas pelas minhas pesquisas até agora, é o que me parece).

Apesar de eu achar algumas vezes isso ruim, eu no fundo acabo achando bom. Acho que isso estimula as pessoas , as fazem dar mais valor ao seu trabalho, ser mais responsáveis, pular menos de emprego em  emprego, e isso tudo acaba sendo bom para a economia do país. Vai ser ruim ter menos férias, saber que não poderei contar com um tempo decente de aviso prévio caso eu seja demitida, seguro-desemprego eu ainda não saquei como funciona e nem quero pensar nisso, tenho horror. Mas por outro lado se um dia eu quiser ter filhos, a licença-maternidade lá é muito maior que aqui.  Fora isso e muito mais importante é o fato de que lá geralmente as pessoas são menos neuróticas com relação ao trabalho e

Pausa para GOOOOOOOOOOLLLLLLLL, do Thiago!!!! Yes! Festa brasileira em Milano, gols do Pato e Thiago Silva, no primeiro e último minutos do jogo.
Desculpem queridos, mas eu tinha que gritar!

Continuando, no Canadá as pessoas são menos neuróticas com relação ao trabalho e me parece que quando estão no trabalho, trabalham de verdade, sem embromation, mas existe hora pra sair, e quando ela chega, aí meu amigo, vamos aproveitar a vida né! (Ok, eu nunca trabalhei no Canadá, mas depois de mais de um ano de pesquisas diárias, é essa a realidade que eu vejo ser relatada. Lógico que existem exceções, mas vamos nos ater à regra.)

Bom, tendo em vista os prós e contras, a única coisa que posso dizer é que não vejo a hora de chegar logo em Québec. Pra mim os prós contam muito mais que os contras e já estou ficando louca com essa espera toda sem data para terminar.  E não vejo a hora de ter logo um emprego, pois quanto antes eu começar, antes as férias vão chegar, e mais futebol eu poderei assistir (e quem sabe ainda um joguinho ao vivo hein???). Vai sonhando Camila!!!

Bisous!

domingo, 11 de setembro de 2011

Viajando #2: Brugge

Ah Bélgica, o paraíso do chocolate e da cerveja. Alguém precisa de mais alguma coisa na vida???
Talvez sim, mas uma coisa é certa: depois de uma ida à Bélgica você nunca mais beberá cerveja e comerá chocolates como fazia antes. Fora os maravilhosos waffles! Você sai na rua e logo já sente aquele cheirinho maravilhoso de waffle fresquinho invadindo o ambiente! Tão bom!

Mas à parte seu lado gourmet, a Bélgica pode ser um lugar muito interessante de se conhecer. Fui parar lá por acaso. Nunca tinha planejado visitá-la, até que uma amiga querida foi morar lá por um tempo e eu logicamente aproveitei para fazer uma visitinha. Não deu tempo de conhecer muita coisa, infelizmente, mas os lugares que pude ver foram todos aprovadíssimos. Um deles é Brugge.

Cidade de cerca de 120 mil habitantes, localizada no norte do país na região de Flandres, conhecida como “Veneza do Norte” por seus incontáveis canais, Brugge é uma das cidades mais conhecidas da Bélgica. A maior parte de sua arquitetura medieval está intacta até hoje e seu centro histórico faz parte do Patrimônio da Humanidade da UNESCO desde 2000. Logo que cheguei (e consegui achar o centro histórico) tive a sensação de estar em uma cidade cenográfica. A cidade é realmente muito bem conservada, os prédios são todos antiqüíssimos, mas acho que a grande concentração de turistas tirou um pouco o ar “medieval” da cidade pra mim.  Também achei a cidade um pouco cinzenta demais. Não pelo fato de que estava nublado e chovendo, mas porque na minha opinião falta um certo colorido à cidade. Mas também nada de se estranhar para uma vila medieval. Esse ar sóbrio combina com ela e acho que faz parte do seu charme.

Para quem está por perto e tem um dia de folga na agenda, Brugge vale muito uma visita. De Bruxelas é mais ou menos 1 hora e meia de trem, se não me engano, com algumas paradas nas principais cidades pelo caminho.  Eu fui no outono e quando cheguei estava chovendo, por isso não deu pra aproveitar tudo o que a cidade tem a oferecer, mas mesmo assim conheci todo o centrinho, fui em diversas lojinhas super cute que vendem chocolates, docinhos diversos e quinquilharias souvenirs.Olhei tudo, não comprei nada (eh, turista pobre é f***). Vi uma das Madonnas de Michelangelo numa das igrejas da cidade, andei de barquinho pelos canais, tomei uma trappist muito boa, pra variar me perdi na hora de voltar pra estação (e ninguém da cidade sabia indicar o caminho certo, by the way), e pra variar II perdi o trem por uns 2 minutos e tive que esperar mais uns 40 até o próximo.  Mas beleza, deu tempo de chegar em Leuven, onde estava hospedada, antes da balada começar.

As fotos feiosas são as minhas e as poderosas são do Wikipedia.

Estacionamento de bikes ao lado da estação ferroviária
The Belfry, na The Markt, a praça central
The Markt, principal praça do centro histórico
Uma das inúmeras lojinhas de doces e bombons
The Provinciaal Hof, na The Markt
É fácil se transportar para o passado num lugar assim
O Spiegelrei e o Langerei

Bisous!

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Aumento na taxa de desemprego canadense

Notícia de hoje no site da Radio-Canada:
A economia canadense perdeu 5.500 postos de trabalho


"A taxa de desemprego aumentou 0,1 ponto percentual, ficando em 7,3% em agosto. O país registra pela primeira vez desde março um decréscimo no número de empregos. No Québec o desemprego aumentou 0,4 ponto percentual para se estabilizar em 7,6%. O instituto de estatística do Québec relata a perda de 4.500 postos de trabalho na província, sendo este impacto mais sentido entre os homens, já que as mulheres se beneficiaram de um ganho."


Eu gostaria de ver uma pesquisa que mostrasse as taxas de desemprego entre as diferentes faixas etárias e por origem da população, pois sabemos que o desemprego é maior entre os imigrantes. Resta saber o quão maior. Pesquisa para o fim de semana...

Bisous!

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Minhas Tardes com Margueritte

Esse fim de semana vi um filme muito legal que fala de amizade, família, valores, superação pessoal, chamado La Tête en Friche (Minhas Tardes com Margueritte, em português). O filme conta a estória de um homem não lá muito letrado na casa dos 40, que conhece uma culta senhora de 95 anos num parque e a partir daí nasce uma bela amizade.

Adoro qualquer estória cujo tema central seja a amizade e/ou a família. Pra mim essas são as coisas mais importantes na vida e esse tema sempre me emociona. Se isso também te cativa ou se você curte boas interpretações, super recomendo. Gérad Depardieu está ótimo (como de costume) e ver Gisèle Casadesus, uma atriz de mais de 90 anos (confesso que não a conhecia) foi delightful. Dá muita vontade de ter uma avózinha ou bisa como ela.

E pra quem ainda não se convenceu, aqui vai o trailer. Quem sabe você não muda de idéia.



Bisous!

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Bref.

Post exclusivo para os francófonos (désolée mes amis, mas o vídeo não tem legenda!)
Ontem já tava indo dormir quando um amigo postou um video no FB e eu curiosa fui ver. Ainda bem pois eu adorei. Pelo que eu entendi é um projeto novo do Canal+ chamado Bref.

"Dans la vie, au début on naît, à la fin on meurt. Entre les deux il se passe des trucs. Bref c'est l'histoire d'un mec entre les deux..."







Além de divertido é ótimo pra treinar francês. Esse cara fala na velocidade da luz......


Bisous!

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Aumentando o repertório


Vira e mexe estou ouvindo a rádio ou lendo jornais quebecas quando vejo discussões acaloradas sobre o passado, o presente e o futuro da província e do país. Porém não é sempre que eu consigo avaliar quem é o “vilão” e quem é o “mocinho”, ou o que seria de fato um progresso e o que seria um retrocesso, ou quais medidas governamentais são eficientes e quais são enrolação pra ganhar voto, etc. Quando olho pra trás vejo que foi preciso algum tempo de estudo, muita informação, conhecimento e certa maturidade para enxergar o Brasil (e o Mundo) com os olhos que enxergo hoje.  E agora me peguei pensando que vou ter que reaprender a interpretar o mundo do qual faço parte.

Fiquei pensando em como uma mudança de país pode afetar nosso julgamento, nosso conhecimento, nossa percepção da realidade. Todas as vezes que leio ou escuto notícias, debates, entrevistas sobre acontecimentos no Canadá eu muitas vezes fico meio perdida, sem saber qual partido tomar. Quando vejo qualquer coisa no Brasil eu sei (na maioria das vezes) qual é o cenário em que aquilo está inserido. Eu consigo me posicionar, emitir opiniões, refletir, analisar, ser pró, ser contra. Mas quando se trata de um lugar onde nunca vivi, muda tudo. Por mais que eu já tenha lido à respeito, eu não conheço a fundo a história canadense, não conheço a história política, econômica, cultural, qual é o típico comportamento da sociedade, qual é a percepção do povo em inúmeros assuntos.



Tudo isso terá que ser aprendido. Você chega numa nova realidade e recebe um mar de informações sem ter seu background. Quanto tempo levará para que eu consiga entender o que se passa no governo, na economia, no âmbito cultural, social, demográfico???  Quanto tempo precisarei para que também consiga ter discussões acaloradas sobre o futuro do país, sobre a educação, o trânsito, os eventos culturais, esportivos, a economia, os deputados, os partidos políticos??? Espero que não muito. Vou me esforçar para que não seja muito. Não pretendo jamais ser o tipo de pessoa que se muda mas fica com a cabeça presa ao passado. Quero conseguir estar totalmente inserida na nova sociedade que escolhi, poder compreendê-la, discutir, opinar e ajudar a construir seu futuro, um futuro cada vez melhor.  Sempre detestei as amebas. E a última coisa que quero é me tornar uma.

Bisous!