terça-feira, 30 de agosto de 2011

Viajando #1: Padova


Eu a-d-o-r-o viajar. É um dos meus maiores prazeres. Então pensei: por que não por na roda um pouco do que aprendi e conheci nas viagens que fiz?

Resolvi criar um tag “viagem” e vou postar de vez em quando sobre o assunto. Nada que se pareça um guia de viagem. Acho que quero mais é falar sobre as minhas impressões dos lugares que conheci, do povo, da cultura, da gastronomia, enfim, um pouquinho do meu achismo sobre cada lugar.

E vou começar por Padova, Pádua em português. Padova não é campeã de superlativos. Não é a cidade mais rica da Itália, nem a maior, a mais bonita, a que tem mais museus, mais acesso à cultura, a mais visitada, mas pra mim ficou sendo sem dúvida uma das mais queridas. Talvez outros que a conheçam não concordem comigo, mas isso é que é gostoso. Conhecer lugares que são a sua cara e não a cara de todo mundo.

A cidade fica no norte da Itália, mais especificamente na região do Vêneto, a 30 minutos de Veneza e tem cerca de 210 mil habitantes. Cheguei em Padova esgotada depois de 12 horas de avião mais 4 de trem e apesar do cansaço larguei minhas malas no hotel e fui bater perna (muita perna). De cara me apaixonei pela cidade. Fui andando meio sem rumo, fiquei perdida, me achei, me perdi de novo, conheci uma parte histórica da cidade, uma parte moderna e até me ofereceram um emprego (essa foi a melhor!). Só sei que após 3 dias lá, Padova entrou para minha lista das top 5 cities in the world (vamos ver quantas mudanças ainda haverão nesse top 5).

Não sei por que mas eu me senti em casa. Aquelas ruas me tomaram completamente, a arquitetura da cidade, as pessoas, o clima, as bicicletas, não sei o que foi mas me senti acolhida e fiquei morrendo de vontade de me mudar pra lá. Acho que se me oferecessem agora eu ainda topava. Hum, pensando bem a Itália tá uma zona e é melhor guardar a imagem imaculada que eu tive de Padova intacta.

A cidade é muito conhecida pela Basílica de Santo Antônio, onde repousam seus restos mortais, mas não foi ela que me levou até lá. Como queria conhecer Veneza e Verona, achei que era mais negócio ficar hospedada em Padova que era no meio do caminho. No fim acabei gostando mais dela do que das outras duas, mas isso fica pra outro post.

Já que estava lá, é claro, visitei a basílica, rezei e até assisti a missa (de nada resolveu pois continuo solteira). Fui em mais umas 3 igrejas (afinal, quem vai pra Itália tem que ver igreja né!), conheci o Prato della Valle, fiquei sentada na Piazza dei Signori (uma graça, de dia e de noite) vendo os italianos passarem com suas bicicletas velhas de cestinha, indo e voltando do trabalho, do mercado, da faculdade. Senti inveja. Queria eu também ter uma bicicleta velha, colocar meus penduricalhos na cestinha e buzinar para os turistas parados no meio da rua tirando foto. É, não rolou! Mas a falta da magrela não me impediu de dar meus roles: vi o Palazzo della Ragione, o Palazzo del Capitanio, procurei meu sobrenome na fachada da Università - e quase encontrei o do meu avô (tinha 1 letra trocada), entrei  no Monastero di Santa Giustina e me perdi na volta, passei pelo  Giardini dell’Arena  500 vezes, paguei uma de moradora ao dar informação pra turista na rua e bati muita perna pelas ruelas da cidade.

Meus dias lá foram nublados e as fotos (nada profissas) não fazem jus ao lugar. Mas pra quem não conhece dá pra ter uma idéia, e se gostar, Google it!

La Basilica di Sant'Antonio - não é a igreja mais bonita do mundo
mas dizem que seu santo é poderoso!!! 
uma das muitas vias pelas quais eu me perdi
Monastero di Santa Giustina
Università degli studi di Padova
Rua próxima ao Prato della Valle
Tive que recorrer ao google pois de tanto que eu gostei, 
eu não tinha uma foto sequer do Palazzo sem minha carona na frente!

Qualquer coisa que vocês queiram saber sobre a cidade vocês encontrarão muito melhor num guia ou na internet. O que eu queria apenas era me lembrar de lá e contar que às vezes os lugares dos quais a gente mais cria expectativa não são necessariamente o que guardamos com mais carinho na memória.

Baci!

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Rewind

Depois de um fim de semana muito gostoso, com vitória do Palmeiras no clássico diga-se de passagem, e uma noite de insônia total, está na hora de voltar para a vida de todo dia. Lembrei de uma música que adoro cuja letra tem muito a ver com o que estou passando nesse momento. Pra quem não conhece, I introduce you:

Rewind, Stereophonics
It's your time
It's your day
It's never too late
To change lanes
How's your life?
How's your place?
Was it where you wanted
Your head to lay?

But wait, you can breathe
You can see what I can see
Don't waste your time
You can't make back

If you could rewind your time
Would you change your life?

Do you like you?
Do you love your wife?
Or did you pick what
You're told was right?

Dream and be
What you feel
Don't you compromise
What you wanna be

'Cause change is okay
What's the point in staying the same
Regrets, forget what's dead and gone

If you could rewind your time
Would you change your life?

If Jesus rode in on a camel today
With your cross on his shoulder
Time to take you away
Have you done all you wanted?
Are you happy and warm?
Do you miss someone special
You don't see anymore?
Have you blood on your hands?
Do you dream of white sands?
Can you sleep well at night?
Have you done all you can?
The place I was born in
Stays crooked and straight
I see innocent blue eyes
Go blind everyday

Rewind your time
Would you change your life
Today?





Bisous!

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Queria estar pensando na morte da bezerra

Ops, caramba! Acabei de lembrar que eu tinha uma bezerra (uma vaca na verdade) e um dia ela morreu e eu fiquei um tempão pensando na morte dela. Só pra constar: eu era criança tá!

Fim de semana chegando, amanhã vou pra SP ver as amigas (saudadinhas!), hoje à noite vou tentar terminar de editar um "vídeo" que comecei faz meses (shame on me!), tentar assistir as meninas do vôlei amanhã cedinho e aproveitar pra dar uma geral no quesito "cuidados pessoais" - coisa que faço numa alegria que dá gosto!!! Pelo menos as unhas da mão eu já fiz, mas não curti a cor do esmalte. Dommage!

Assim espero conseguir parar de pensar por alguns instantes nesse maldito bendito processo de imigração que me atormenta. Jesus! (por favor, leiam em inglês pois foi assim que a interjeição me veio à cabeça "Diízuz" - se não parece que não sou eu falando). continuando... Jesus! Tenho a impressão que meu único pensamento é o Canadá. Às vezes eu falo "sai de mim coisa". Mas mesmo quando a coisa obedece, dura apenas poucas horas.

Bom, retomando, não tem jeito. Hoje mesmo abri meu email e tinha lá um convite pra participar de um projeto novo, o Service d'intégration en ligne (SIEL). Pelo que entendi 600 pessoas portadoras de um CSQ foram escolhidas (qual foi o critério eu não sei) para esse projeto piloto que irá ajudar na integração à sociedade e ao mercado de trabalho do Québec. Cada participante fará um "Plan d'action personnalisé" e seu tutor o irá comentar e dar dicas também. Ainda existe uma opção que permite ao imigrante fazer seu CV, mandar pro tutor corrigir e comentar e depois passar por 3 entrevistas on line com o tutor (acho que será como uma simulação de entrevista de emprego).

No começo eu pensei que poderia ser um trabalho em vão (eu sou muito preguiçosa gente), ainda mais porque eu já to cheia de informações sobre a sociedade canadense. Mas depois eu pensei que 1% dos imigrantes estão tendo esta oportunidade, e se eu fui escolhida é melhor aproveitar né. Afinal, mal não vai fazer. No fim das contas acho que pode ser um projeto legal, pelo menos parece que o Québec tá mesmo interessado na integração do imigrante e em seu crescimento pessoal e profissional (esse ainda mais, pois qto maior o salário, maior o imposto!). Então em dezembro, quando o projeto terminar, eu conto se foi proveitoso ou não.
PS: primeiro eu tenho que responder o email deles e ser aceita, hahahaha

                            Na falta de imagem melhor: Rivière des Prairies, Montréal. 


Agora é curtir o fim de semana e fincar os pensamentos no Brasil!
Bisous!


quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Ponto pra mim!

Agora eu tenho embasamento científico para sonhar acordada:
Brain's Problem-Solving Function At Work When We Daydream

Então quando você estiver divagando e alguém te mandar trabalhar você já pode responder que está de fato trabalhando!

Bisous!

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Nice Guys Finish Last?

Ontem eu tava lendo o jornal e vi uma matéria sobre um estudo feito por professores das Universidades Western Ontario, Cornell e Université Notre-Dame que pretendia desvendar se a famosa frase “Nice guys finish last” é realmente verdade. E não é que o estudo revelou que homens tidos como desagradáveis tem um salário 18% maior que os considerados amáveis?

“Mesmo levando em conta diferentes variáveis como o tipo de trabalho, a classe social ou a raça, os dados são consistentes”, afirmou uma das pesquisadoras. As pessoas amáveis – altruístas, preocupadas com o próximo, modestas, que dão importância às relações interpessoais – ganham um salário em geral mais baixo que aquelas desagradáveis, egocêntricas, competitivas e agressivas.

Porém no mundo corporativo feminino as estatísticas dizem que os salários das mulheres consideradas desagradáveis são em geral 5% maior frente aos salários das amáveis. É o estereótipo no mundo do trabalho. Espera-se do homem uma atitude menos caridosa, mais centrada, voltada para resultados. Quando um homem comporta-se dessa maneira ele é recompensado. Esse não é o caso das mulheres, que são vistas quase todas como frágeis.



Para ir além foi realizado um outro estudo, onde em uma situação fictícia deveria-se decidir quem seria promovido, entre candidatos com as mesmas qualificações. E adivinha quem foi promovido? Entre homens e mulheres, amáveis e desagradáveis, os homens desagradáveis ficaram em primeiro lugar na lista de promoção, seguidos pelos homens amáveis, seguidos pelas mulheres. So no, nice guys girls finish last.

Conclusão: se você é mulher e tem carinha de anjo, é melhor usá-la pra arranjar um marido rico (e bobo) porque se depender do seu chefe (sim, provavelmente seu chefe é homem) você vai continuar com esse seu salariozinho...

C’est la vie mes amis!
Bisous!

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Relaxar estudando, um excelente custo-benefício.


Eu sou uma louca por tv. Admito mesmo. Amo deitar na cama e ficar vendo minhas besteirinhas na TV. É tão relaxante. Adoro ver transmissões esportivas, documentários, programas de debate, telejornais, alguns realities de viagens, gastronomia, home makeover, e é claro, seriados. Adoro um seriado. Sou viciada mesmo. Como não consigo ver em streaming, baixo tudo e já cheguei a passar mais de 10 horas seguidas vendo uma temporada completa. Depois baixa aquela culpa... “deveria estar estudando e não assistindo besteira”. Mas se eu for parar pra pensar eu consegui aprender muito vendo seriados. Meu nível de inglês melhorou muito, principalmente na linguagem coloquial e a ausência de legenda me ajudou a ficar mais ligada, mais atenta e aprender mais.

De uns tempos pra cá eu ando assistindo muita coisa em francês também. To chegando ao cúmulo do sacrifício de baixar filmes dublados em francês só para treinar meu ouvido. Eu odeio qualquer coisa dublada, acho péssimo, mas to encarando como uma brincadeira. Outra tática é colocar legendas em francês nos filmes e seriados em inglês. Sempre dá pra absorver qualquer coisa nova, expressõezinhas, gírias. E com esses momentos de relax eu já consegui colher resultados positivos: a cada novo filme ou novo episódio de um programa minha compreensão melhora. To realmente ficando feliz com isso.

Mas pra eu ficar mais feliz, só quando setembro chegar e as novas temporadas dos meus seriados favoritos entrarem no ar.

Now a video from an awesome character who I love:


Bisous!

domingo, 21 de agosto de 2011

Descobertas


Há exatamente um ano eu pisava no Canadá pela primeira vez. No fim de 2009 eu havia decidido que iria mudar minha vida. Do jeito que estava não dava pra continuar. Após muita pesquisa e algumas decepções encontrei o Canadá, mais especificamente o Québec. Conheci seu plano de imigração e resolvi passar um tempo lá antes de decidir se realmente era pra lá que eu queria me mudar. Esse tempo serviu não apenas para conhecer o Québec mas também para aprender francês, já que eu não sabia nada além de bonjour e au revoir. Nos quatro meses que passei lá eu não apenas conheci o Québec e aprendi francês. Eu descobri muitas coisas sobre mim, sobre os outros e sobre o mundo.

Descobri que eu talvez queira ter filhos sim. Apesar de ter total horror ao assunto gravidez, eu quero ter uma família.

Descobri que eu posso ser muito mão de vaca na hora de comprar comida, mas não deixo de ir ao cinema se tem um bom filme em cartaz.

Descobri que eu posso cozinhar bem às vezes, e bem mal quase sempre.

Descobri que eu detesto dar gorjeta, principalmente para bartenders semi-nuas que não fazem nada além de tirar a cerveja da geladeira e colocar no balcão (e mostrar o silicone).

Descobri que o povo da América Latina é o mais limpinho do mundo. É, nóis é pobre maIs é limpinho!

Descobri que tem gente que acha que BudLight é cerveja.

Descobri que eu adoro dançar salsa, e merengue, e bachata, apesar de não saber.

Descobri que eu posso passar 4 meses da minha vida com apenas 2 pares de sapato!!!!!

Descobri que mano canadense também não tem fone de ouvido.

Descobri que vou amar viver numa sociedade que não dá a mínima se meu cabelo ta despenteado, minha roupa não combina e minhas unhas não estão feitas.

Descobri que eu não vou morrer se tiver que comer “marmita” no almoço.

Descobri que tem muita gente no Canadá que não usa desodorante. Eca, eca, eca. Isso eu ainda não descobri como vou agüentar.

Descobri que jogar conversa fora com gente desconhecida pode acabar rendendo boas amizades.

Descobri que o custo de vida no Brasil tá beirando o absurdo.

Descobri que eu não tenho dom pra patinar mas vou continuar tentando.

Descobri que você pode estar no melhor lugar do mundo, mas se não estiver com as pessoas certas, você não estará feliz.

Descobri que meu ipod é um dos meus melhores amigos (pelo menos é uma ótima companhia).

Descobri que estou muito velha (mesmo) pra balada.
Descobri que gente estressada é muito chato.
Momento auto-reflexão: Camila = muito estressada. Desde então estou tentando mudar.

Descobri que posso perder meu controle financeiro rapidinho se eu me descuidar. (isso nunca havia acontecido antes!)

Descobri que 90% dos orientais só tem 1 pose para fotos (sim, é aquela mesma que vocês estão pensando).

Descobri que o ônibus noturno de Montréal não é nada confiável e se você estiver com pressa vai haver um ralentissement de service sur la ligne verte.

Descobri que por mais que eu tente eu não consigo sair com adolescentes.

Descobri que eu abominei o sotaque canadense logo que cheguei, mas depois de um tempo você começa a falar igual.

Descobri que porções gigantes de comida podem ao longo do tempo se tornar não tão gigantes assim.

Descobri que vale a pena dizer sim à vida e fazer alguns programas de índio, desde que você não se torne sócia majoritária da FUNAI.

Descobri por fim que quem não arrisca não petisca, então eu resolvi arriscar.
(não, é mentira. Isso eu já sabia. É que eu tava sem idéia de uma frase pra terminar o post!)

Bisous!

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Olha meu futuro aí gente!

Hoje lembrei de um comercial engraçado:


afinal de contas, pra que que serve o alarme né?

Bisous!

terça-feira, 16 de agosto de 2011

Vida econômica

Vira e mexe minha cabeça fica me estressando com pensamentos conflitantes. No momento um deles é o fator “economia”. Tenho economizado tudo o que posso e não posso para poder ter um começo de vida mais decente assim que eu chegar no Canadá. Desde dezembro não compro absolutamente nada para mim que não seja item de necessidade básica. Todas as coisas que não são de necessidade extrema estão cortadas da minha lista de despesas. Até aí tudo bem no que se refere a roupas, sapatos, acessórios, livros, bugigangas, eletrônicos, etc. Eu consigo viver muito bem sem comprar coisinhas novas, mesmo porque agora chegou a hora de praticar o desapego, mais do que nunca. Quanto menos coisa eu tiver pra levar na viagem, menos vou gastar com excesso de bagagem e melhor ainda, resolvo um problema muito mais grave: andar sozinha com 5 malas no aeroporto (fora arranjar um carro onde caiba tudo).



Mas de tanto economizar minha vida virou econômica. Estou economizando em viver. A economia chegou no nível de não poder sair, viajar, passear, fazer coisas legais, programas culturais (quando tem algum), enfim, me divertir. Eu fico pensando que não posso gastar com besteira, mas isso não é besteira. Isso tudo faz parte do meu bem-estar emocional. A toda hora eu penso que deveria aproveitar muito meu tempo aqui para sair com os amigos, a família, ir para a praia, conhecer algum lugar do Brasil que eu não conheço ainda e que tenho vontade de conhecer, enfim, curtir os lugares e as pessoas que estarão longe de mim daqui um ano, sabe-se lá por quanto tempo. Mas tudo isso implica gastar dinheiro, coisa que não posso fazer. E aí minha cabeça volta a dar nó. Se pelo menos a cotação do dollar fosse invertida, eu já ficaria bem mais felizinha.

Preciso urgente tirar aquela carta do Banco Imobiliário que diz “você ganhou uma herança inesperada”, só que tem que ser na vida real!

E a única conclusão que eu posso tirar disso tudo é que os pensamentos conflitantes continuarão na minha cabeça. Pra ganhar uma coisa é preciso perder outra, não tem jeito. E saber a dosagem ideal de nossas perdas e ganhos, isso só a gente mesmo pode descobrir.

Bisous!

sábado, 13 de agosto de 2011

Direito de escolha


Na minha opinião, uma das coisas mais importantes para uma pessoa é ter direito de escolha. Nossas escolhas determinam quem somos, mostram nossa evolução como ser humano, desde criança até a velhice. Eu adoro poder escolher, opinar, pensar naquilo que estou fazendo, se é a melhor opção ou não, ver quais outras opções eu tenho e decidir. Isso realmente não tem preço. E se eu posso escolher qual será minha profissão, minha religião, meus amigos, meu companheiro, a comida que como, os lugares que freqüento, as roupas que uso, as músicas que escuto, os filmes que vejo, por que não poder escolher o país onde vou morar.

Sempre quis sair do Brasil. A verdade é que nunca gostei daqui. Não vou mentir. O Brasil tem coisas maravilhosas, e acho que na medida do possível pode ser sim um lugar bom para viver. Mas o problema é que eu não me identifico com ele. Nunca me identifiquei. E sempre pensei que todos deveriam poder escolher em que lugar do mundo gostariam de viver. É lógico que não sou ingênua de achar que isso é viável, pois não é. Mas enfim, essa é uma das minhas utopias.



Eu sempre me identifiquei com o estilo de vida europeu. Amo a Europa, amo mesmo, e se pudesse talvez já estivesse lá. Bom, poder eu posso, mas a que preço? Pesquisei bastante, li muito, me empolguei, me desempolguei. Conclui que na minha condição atual ir para a Europa poderia acabar sendo frustrante.

Depois de muito refletir acabei escolhendo ir pro Canadá (que tem um programa de imigração) e ver qual é que era. É lógico que o Canadá não tem o charme europeu, as curtas distâncias entre um país e outro que te proporcionam pegar o TGV e em um fim de semana fazer um bate-volta Londres-Paris, não tem a arquitetura antiga e riquíssima, os museus à céu aberto, as combinações mágicas entre belas paisagens naturais e arquitetônicas (me refiro especificamente aí ao Mediterrâneo), etc etc. Mas o Canadá tem algo que eu talvez preze ainda mais: um povo educado, honesto e que convive em paz com as diferenças.

E assim foi: fiz minha escolha. Escolhi recomeçar minha vida em um lugar com mais oportunidades, com mais respeito ao próximo, sabendo que lá, mesmo que leve muito tempo, eu posso ter meu devido reconhecimento no que quer que eu escolha fazer da minha vida (a custo do meu esforço, lógico).

Por enquanto a Europa vai ficar reservada para as férias. Não sei o que vai acontecer amanhã, pode ser que tudo acabe em pizza e eu não vá para o Canadá, pode ser que eu vá e depois de um tempo eu escolha outro lugar para ir. Mas o que eu sei é que poder escolher é muito bom. E o meu desejo é que todos pudessem ter a mesma oportunidade que eu estou tendo. A oportunidade de escolher seu futuro.

Bisous!

Cheers!

Morrendo por uma (ou várias) cervejas hoje. Mas minha hora tá chegando...
Enjoy your weekend folks!

                                                                                      snotm.com

Bisous!

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

musiquinha para dias felizes


Deixo hoje uma pequena trilha sonora para aqueles dias ensolarados, com céu azul, temperatura na casa dos 27°C, em que colocamos um vestidinho, um chinelinho e saímos pra andar por aí, curtir o dia e ser feliz. Eu ouço a música e sinto a brisa quente passar, soprando seu hálito doce, balançando meu vestido e bagunçando meu cabelo. Eu ouço a música e me sinto mais feliz!  E você, qual é a trilha sonora que te deixa feliz?

Moth's wings - Passion Pit


More of you - Mozella


She's got you high - Mumm-Ra


Undercover Martyn - Two Dollar Cinema Club


Horchata - Vampire Weekend


Bisous!

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Are you satisfied?


To com saudades de ler. Ler um bom livro. Ou um livro não tão bom assim mas que seja gostoso de ler, daqueles que a gente devora em algumas poucas noites. Não posso falar que eu não tenha nada pra ler porque tenho uma pequena pilha de livros aqui em casa dos quais eu ainda nem cheguei perto, mas o fato é que eu não to com vontade de ler estes livros. Quero ler outros.

Como tudo na vida. A gente nunca quer o que está ao nosso alcance. Sempre estamos buscando o que não podemos ter, o que está longe, o que é difícil. Mas isso é o que move o ser humano, não é? Nós somos movidos por um sentimento de busca. A gente quer porque quer uma coisa e quando consegue começa a querer outra, e assim o ciclo se repete. Parece que a idéia de ter algo é muito mais fulfilling* que tê-lo de verdade.



A gente tem milhares de roupas no guarda-roupa mas quando vai sair quer exatamente a que não tem. E depois quando a compra, continua abrindo o guarda-roupa e falando: “eu não tenho roupa!”. E assim é com um sapato, com um esmalte, com um livro, com um novo gadget qualquer.

Eu posso falar com conhecimento de causa sobre tudo isso. Nunca estou satisfeita com nada. Mas sinceramente não acho que eu seja o tipo de pessoa que acha que a grama do vizinho é mais verde que a minha. Eu sou muito realista com relação a isso e acho ridículo como muitas pessoas fingem uma felicidade que não existe. A minha insatisfação terá ainda que ser muito trabalhada na terapia (que um dia quando eu tiver dinheiro sobrando eu volto à fazer)... enquanto isso eu prefiro acreditar que ela é fruto da minha falta de acomodação. Da minha vontade de ir mais longe, de ser mais do que eu sou, de saber mais do que eu sei, de conhecer mais pessoas (interessantes), mais lugares, mais culturas, de abrir meus horizontes e crescer. Afinal se eu posso ser mais, por que eu vou querer ser menos?

Ops, eu já ia terminar o post quando percebi que faltou uma observação:
Eu só espero que quando eu chegar no Canadá toda a minha euforia não se acabe num piscar de olhos e eu não comece a pensar: “Hum, cheguei! Mas será que não tem outro lugar pra onde eu também possa ir não?”

Ai ai ai...

*satisfatória (sorry, não consigo achar um sinônimo em português que se adeque ao que eu estou querendo dizer).

Bisous!

terça-feira, 9 de agosto de 2011

Diário de um argentino no Canadá

Momento humor: esse eu não poderia deixar de postar. Até chorei de tanto rir, kkk!



Bisous!



Quem vai comigo?

Uma das grandes vantagens de morar do lado de cima do Equador é poder ter acesso a muito mais eventos culturais e esportivos. Há pouco tempo foi anunciado show do Arcade Fire e do Karkwa de graça no Quartier des Spectacles em Montréal  (aqui eu não consigo ver nem pagando!), fora todos os outros eventos que rechearam e continuam recheando o calendário cultural da cidade nesse verão.  Mas Arcade Fire é sacanagem comigo poxa! E não para por ai:

Rafa Nadal na quadra central do Uniprix em 2009  Fonte: The Gazzette


Essa semana começou a Rogers Cup de tênis, aka Canada Masters, que esse ano, pela primeira vez, terá os jogos masculino e feminino ao mesmo tempo. Assim como Roger Federer eu também não curti essa idéia. Acho que seria melhor continuar do jeito que tava, com cada evento em uma semana diferente. Montréal e Toronto se revezam para receber o torneio, e esse ano é a vez de Montréal ficar com o masculino e Toronto o feminino, o que significa que daqui 2 anos, se tudo der certo, eu estarei lá assistindo um joguinho!!!!  Aliás meus planos vão ainda mais longe. Quero ir no US Open também. Afinal, pra quem ta em Montréal, NY é ali na esquina né!

E enquanto eu ainda to aqui, fico economizando meu dinheirinho para poder gastá-lo todo do lado de lá, já que aqui não tem onde gastar mesmo! Yes, let’s try to look at the bright side!

Bisous!

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Elie, seu feio.



Hj vai um post completamente mulherzinha só pra dizer como eu pago um pau pro Elie Saab. Eu amo o trabalho dele. Pra mim ele é o todo poderoso das passarelas. Se um dia eu puder ter um vestidinho dele qualquer eu já serei uma mulher muito muito muito mais feliz. E agora então, com um tantão de gente conhecida casando, eu fico vendo fotos e desfiles para ter inspirações de modelitos e só fico frustrada né, porque nunca, nada que eu veja na vida real vai chegar aos pés de um Elie Saab. E pra quem assim como eu baba nas coleções do cara, podem começar a babar clicando aqui.

Mila e Rachel, que já nasceram desprovidas de beleza,
ficam aí se enfeiando nesses vestidinhos...


Couture - Fall 2011


Bom, agora já podemos voltar pras nossas vidinhas de pobres mortais.


Bisous!

domingo, 7 de agosto de 2011

Loose yourself today and leave the serious stuff for tomorrow.

To com muita preguiça de escrever no blog hoje. Aliás, preguiça de tudo. Não cumpri nenhum dos meus deadlines do fim de semana e o pior de tudo é que eu nem to me importando com isso. Fico aqui procrastinando e postergando qualquer coisa que possa aparecer no meu caminho.

Por isso hj vou postar apenas esse desenho fofo que vi no Stuff no one told me, mas não sei quem é o autor.

Enjoy this day of winter summer!


Bisous!

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Isso é arte pra você?

Esses dias vi uma notícia sobre uma nova instalação do Roadsworth no Centre Eaton e resolvi falar um pouco sobre o trabalho dele. Roadsworth, alias para Peter Gibson, é um artista canadense cujo trabalho conheci vendo um documentário antes mesmo de ir para o Canadá. A maioria de sua obra é constituída de grafites que ele faz pelas ruas de Montréal e outras cidades do mundo. O cara já foi preso algumas vezes, teve que pagar multas, mas graças ao apoio da população ele continua fazendo seu trabalho, agora de uma maneira menos ilegal. Quando vi o documentário adorei de cara seus grafites no asfalto que a meu ver deram um colorido e um ar muito mais relaxado e brincalhão à cidade. Infelizmente não consegui ver nenhum desenho do Roadsworth em Montréal. Não sei se porque apagaram os velhos e ele não fez novos, se andei pelos lugares errados ou se sou tão distraída que passei por algum grafite e nem percebi.



Pra ser bem sincera eu tenho um certo mixed feelings sobre esse assunto. Não acho certo depredar patrimônio público (e nem privado, lógico), mas sei lá porque eu curto os desenhos que ele faz, ou fazia, no asfalto. Pra ver do que eu estou falando clique aqui. O mais estranho de tudo é que apesar de eu gostar dos grafites dele (mas com exceções) eu geralmente detesto ver muros grafitados. Não sei se porque os que eu vejo por aqui são de muito mau gosto e feios pra caramba ou se o problema é comigo mesmo. Mas enfim, a arte é subjetiva, ainda bem!

Bisous!

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

A Copa do Mundo é deles

Se tem um assunto que me deixa p da vida é essa estória de Copa do Mundo e Olimpíadas no Brasil. Gostaria muito que alguém conseguisse me convencer de que esses eventos serão benéficos ao país e ao povo brasileiro, mas até agora não consegui nem encontrar alguém que os apóie, muito menos quem me convença de que isso não é uma furada.
Desafio lançado então. Se você conhece alguém que argumente à favor da Copa e das Olimpíadas, por favor, passe-me o contato deste ser.

Agora vamos aos porquês:
Eu amo esporte. Sempre amei. Adoro passar um dia inteiro vendo esportes na tv, quaisquer que sejam. Os únicos que não curto muito são os esportes de luta porque não conheço as regras e alguns deles acho extremamente violentos sem necessidade. Quando chega época de Copa e Olimpíada a minha maior vontade é parar tudo o que estou fazendo pra ficar 24h por dia vendo tudo. E é por isso mesmo que eu tenho que ser contra esse absurdo. Eu tenho uma mínima noção do que eventos dessa magnitude envolvem e é obvio que o Brasil não tem estrutura alguma para receber eventos desse porte. Não tem e não terá. Eu não acredito que a infra-estrutura necessária ficará pronta a tempo.  Algumas coisas ficarão, pra outras será dado um “jeitinho” e o resto vai ser um caos total.

Muita gente é contra a Copa porque diz que o país tem questões mais urgentes à serem resolvidas, como educação, saúde, segurança, pobreza etc. Sim, concordo. Mas convenhamos, isso não será resolvido nunca, com ou sem Copa. Por que algum político irá querer dar educação pro povo, se um povo educado sabe escolher melhor seus governantes e cobrar, fiscalizar, vigiar o que está sendo feito em prol do país e do cidadão com o dinheiro dos impostos que ele paga? Esqueça, esqueça. A educação no Brasil nunca esteve tão ruim, e pelo visto, é daí pra baixo.

 A Copa vai trazer investimentos para o país, passará uma imagem positiva do Brasil no exterior, aumentando assim o turismo, criando empregos e deixando de souvenir uma melhora na infra-estrutura dos estádios, rede hoteleira, estradas, aeroportos,  sistema de transporte público etc. Mas a que custo?

Eu não preciso nem pegar no lápis pra saber que essa balança é muito mais negativa do que positiva. Quem vai ficar com a grana gerada pela Copa? De onde sairá o dinheiro para organizar esse mega evento?



Hello!!! O dinheiro vai sair do seu bolso e o “retorno do investimento” vai pro governo, pra Fifa e pra alguns empresários milionários que já mamam nas tetas do governo há algum tempo.

Copa do Mundo e Olimpíadas no Brasil significa aumento exponencial da corrupção.  Isso é tão óbvio quanto 2+2=4, mas tem gente que não entende, do mesmo jeito que hoje nas escolas 2+2 pode ser 4 como também pode ser 5, afinal pra que saber fazer conta se existe a calculadora...

A minha revolta com esse assunto é tamanha que eu poderia escrever um livro, mas não vou prolongar mais o post. Quem tiver interesse em saber mais sobre como o governo está roubando o seu dinheiro, como a parte que sobra é destinada a obras ridículas, onerosas, desnecessárias, como eles (o alto escalão) estão fazendo de tudo pra tentar esconder suas falcatruas, entre outros, é só abrir os jornais, ligar a internet, a TV e dar uma pesquisada rápida que está tudo ali (quer dizer, tudo o que é divulgado ou o que a impressa consegue descobrir). Pode apostar que tem muita sujeira embaixo desse tapete que ninguém ainda levantou.

Dica: para quem quer ficar atualizado sem precisar correr atrás do assunto eu indico a página “Não à Copa 2014 no Brasil” no facebook. Lá não tem muita coisa mas já dá pra ter noção do que está por vir.

Bisous!

terça-feira, 2 de agosto de 2011

Um sonho de consumo

Gente, descobri hoje que uma pessoa realizou meu sonho. E essa pessoa é o prefeito da capital da Lituânia. O que ele fez? Passou por cima de um carro que estava estacionado em local proibido com um tanque de guerra. Andar por aí pela cidade em um tanque de guerra é meu sonho de consumo há anos. Não porque eu quero andar num tanque, e sim pra poder passar por cima de todos os infratores das leis de trânsito. Eu queria poder esmagá-los sem a menor piedade. Ok, eu dou 5 segundos pro babaca deixar seu veículo antes de eu partir pra ação.  E nada mais. Estou farta desses engraçadinhos que não tem respeito algum pelos outros. Farta desses idiotas que se acham mais espertos e querem furar a fila do semáforo, que estacionam na faixa de pedestres, em frente à garagem alheia,  na faixa do ônibus, da bicicleta. Estou farta desses imbecis que se acham acima da lei e passam no sinal vermelho, que ficam dando luz na estrada quando ainda estão há 500 metros de distância do seu carro e você já está dirigindo no limite da velocidade permitida. Estou farta desses vadios que fecham o cruzamento, não olham no espelho pra dar ré, bloqueiam a passagem numa rua estreita porque precisam descarregar alguma coisa que está no carro e ainda dizem:  é só um minutinho. Um minutinho o escambal! Vá se ferrar! Desde quando o seu minuto vale mais que o meu?

Meu sonho sempre foi um tanque de guerra pra poder destruir aqueles que destroem o respeito pelos outros.
E tudo isso sem falar nos pedestres. Porque pedestre também é infrator! Quem anda pelo centro do buraco cidade onde moro sabe: os pedestres se jogam na frente dos carros, atravessam sem olhar, cruzam a rua fora da faixa (xi, isso eu tb faço!), chegam a parar no meio da rua pra ficar conversando, entre outras coisitchas... Calma aí, eu sei que pedestre tem sempre a preferência. Mas acho justo que em vias movimentadas haja respeito mútuo e ordem: tem semáforo para os pedestre e semáforo para os veículos. Se cada um respeitasse a sua vez, tudo seria lindo. Mas como o mundo não é perfeito, eu ainda quero o meu tanque de guerra.

Tá vendo aquela cabecinha ali? Sou eu dizendo: Vá se ferrar babaca!


Bisous

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Comment?

Após passar boa parte do dia estudando, fiquei com a sensação de que eu não sei nada. Fiz um monte de exercícios e não acertava nem 50%. Broxei! Como é desanimador você passar tanto tempo estudando uma coisa e ficar com aquela sensação de derrota, de que você não chegou nem perto de saber 10% do que precisa, de que falta ainda muito chão pela frente.

Sei que isso deveria servir de estímulo, mas como? Eu não consigo me sentir encorajada a estudar quando eu e estudo, estudo, estudo e: fail!
Mas ok, cabeça erguida e bora pro próximo capítulo. Desistir, jamais!
Inclusive uma das minhas metas é escrever todos os posts desse blog em francês. Calma, ne t’inquiètes pas!  Eu não vou torturar você, único leitor deste blog (vc tá ainda aí?) com meu francês de botequim guia de francês para viagens. Vou traduzir os posts pois assim posso treinar a parte escrita, meu maior ponto fraco, usando a linguagem e expressões do meu cotidiano, porque afinal de contas tudo o que eu faço hoje em português, daqui um ano terei que fazer em francês. E toda hora me vem à cabeça: como é unha encravada em francês? e chave de fenda? desentupidor de pia? limpador de para-brisa? tarracha de brinco? lixa de unha? batente da porta? Esse último eu já aprendi e já esqueci... Mon Dieu, o negócio ta feio pro meu lado. Bonne chance Camila!



ps: se vc está tão curioso qto eu pra saber a tradução dessas palavrinhas, aqui vai:

unha encravada: ongle incarné
chave de fenda: tournevis
desentupidor de pia: débouchoir à ventouse (esse foi difícil de achar)
limpador de para-brisa: essuie-glace
tarracha de brinco: fermoir (ou fermoir papillon = aquela tarrachinha padrão)
lixa de unha: lime à ongles
batente da porta: huisserie (não é à toa que eu esqueci)

Haja espaço na caixola! Mas sabe qual é o bom disso tudo? Alguém inventou o Google pra me fazer feliz! J

Agora só pra encerrar o post com algum fato do dia: uma música que ouvi hoje pela primeira vez e já não me sai da cabeça: Maroon 5, Moves like Jagger. Adorei seu assobio viciante! Fica a dica pra quem quiser se viciar também. 


Bisous!