sábado, 22 de outubro de 2011

Corrupção

Quem é brasileiro está mais do que cansado de ouvir essa palavra. Eu, por exemplo, não consigo mais dissociar "corrupção" de "Brasil". Na minha cabeça são praticamente sinônimos.

Infelizmente tenho lido sobre muitos casos de corrupção no Canadá, mais especificamente no Québec (mas também leio muito mais sobre a província de Québec do que o Canadá em geral, por isso não vou dizer que o Québec é mais corrupto que o resto do Canadá). Meu professor québécois de francês sempre falava dos casos de corrupção e pra ele o Québec era um lugar muito corrompido, cheio de vermes políticos prontos para se dar bem à custa do povo. Enquanto ele falava eu (e todos os latinos da classe) pensávamos: "Coitado! Ele não viu nada!"

Hoje em dia, depois de ter visto alguns "escândalos", principalmente este último das construções, fico pensando até que ponto ele tinha razão. Lendo o jornal agora há pouco eu vi um texto na coluna do Yves Boisvert sobre corrupção. E me intrigou muito. Não vou traduzir o texto (preguiça monstro), então quem se interessar, clique aqui. Basicamente é uma reflexão na qual ele diz que a sociedade não está tão corrompida quanto se imagina, e que a indignação generalizada acerca disso é um sinal de vigor democrático.

No texto ele cita o Transparency International. Fiquei curiosa e fui lá xeretar os níveis de corrupção ao redor do mundo. Bom, fato é que meu professor realmente "não viu nada". Na pesquisa sobre "Percepções de Corrupção em 2010" o Canadá tem um score de 8.9 numa escala de 0 a 10 (sendo 0 mais corrupto e 10 menos corrupto), ocupando a 6° posição no ranking de países menos corruptos. Já o Brasil tem um score de 3.7 e ocupa a 69° posição do rank. Ah, e o país menos corrupto do mundo é a Dinamarca, com 9.3.

                                                                                         Fonte: transparency.org


Percepção ou realidade a única coisa que sei é que essa praga existe em todo lugar e que é papel do cidadão zelar para que ela não se instale cada vez mais profundamente em sua sociedade. Donc, allons-y!

2 comentários: