Conforme eu já tinha escrito neste post, tentei a francisation à temps complet mas devido à demora para o início das aulas (só fim de agosto) acabei me inscrevendo numa outra francisation à temps partiel. Só que o pessoal do Bureau de Francisation não sabia disso e me mandaram, há mais ou menos duas semanas, um email marcando um rendez-vous para uma évaluation linguistique, para que eles pudessem avaliar meu nível para eu começar na próxima turma. A avaliação era hoje. Como eu sabia que as aulas começaram semana passada, desencanei de ir porque imaginei que não ia rolar de começar na sessão de primavera mesmo. Ontem liguei no MICC pra cancelar o rendez-vous, pois achava que como já estava na outra francisation não poderia fazer as duas. Além disso as aulas só começariam no fim de agosto, e até lá eu já quero estar trabalhando e não teria tempo de estudar o dia todo. Ao ligar lá o atendente me disse que a francisation do Centre St-Paul não me impedia de fazer a do MICC (pois eu não fui direcionada para lá pelo MICC, e sim por conta própria) e sendo assim eu resolvi manter o rv. Pensei que na pior das hipóteses se eu não tivesse emprego até agosto, eu ia fazer a francisation integral e melhorar mais meu francês e poderia ainda contar com a bolsa, coisa que seria de grande valia nesse caso. Pois bem, fui lá no Bureau fazer a avaliação e para minha total surpresa meu avaliador conseguiu uma vaga pra mim, pra começar amanhã, no Cégep du Vieux-Montréal, de 12h30 as 19h. Tempo integral e com bolsa!
Fiquei muito feliz e satisfeita, pois isso era o que eu queria desde o início. E ainda mais depois de ler o relato sobre a francisation do pessoal do Penso, Logo Imigro com ótimas recomendações do curso do CVM.
Depois fiquei pensando que se eu estivesse no Brasil, provavelmente não iria ligar pra desmarcar o rv. Simplesmente não iria aparecer e pronto. Mas aqui eu me empenho mais em fazer tudo certinho. Liguei, fiquei mais de 10 minutos na linha esperando pra conseguir falar com alguém, estava ao ponto de desligar o telefone (só não o fiz pois tinha minutos sobrando) e o atendente fez tantas perguntas e explicou como funciona o sistema que acabei mantendo o rv. Se não tivesse ligado eu não teria ido hoje e amanhã seria outra pessoa começando as aulas no CVM no meu lugar.
Ponto pro MICC.
E um pontinho bem pequenininho pra mim também, que sempre lembrarei dessa estória quando encontrar algum empecilho no meu novo caminho aqui. Um "não" às vezes pode se transformar em um "sim".
Agora deixa eu ir correr no parque aproveitar meu "dia de folga".
Bisous!
Mostrando postagens com marcador governo. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador governo. Mostrar todas as postagens
terça-feira, 7 de maio de 2013
sábado, 9 de fevereiro de 2013
Teoria das Janelas Partidas
"Em 1969, na Universidade de Stanford (EUA), o Prof. Phillip Zimbardo realizou uma experiência de psicologia social. Deixou duas viaturas abandonadas na via pública, duas viaturas idênticas, da mesma marca, modelo e até cor. Uma deixou em Bronx, na altura uma zona pobre e conflituosa de Nova York e a outra em Palo Alto, uma zona rica e tranquila da Califórnia.
Duas viaturas idênticas abandonadas, dois bairros com populações muito diferentes e uma equipe de especialistas em psicologia social estudando as condutas das pessoas em cada local.
Resultou que a viatura abandonada em Bronx começou a ser vandalizada em poucas horas. Perdeu as rodas, o motor, os espelhos, o rádio, etc. Levaram tudo o que fosse aproveitável e aquilo que não puderam levar, destruíram. Contrariamente, a viatura abandonada em Palo Alto manteve-se intacta.
É comum atribuir à pobreza as causas de delito.
Atribuição em que coincidem as posições ideológicas mais conservadoras, (da direita e da esquerda). Contudo, a experiência em questão não terminou aí. Quando a viatura abandonada em Bronx já estava desfeita e a de Palo Alto estava há uma semana impecável, os investigadores partiram um vidro do automóvel de Palo Alto.
O resultado foi que se desencadeou o mesmo processo que o de Bronx, e o roubo, a violência e o vandalismo reduziram o veículo ao mesmo estado que o do bairro pobre.
Por quê que o vidro partido na viatura abandonada num bairro supostamente seguro, é capaz de disparar todo um processo delituoso?
Não se trata de pobreza. Evidentemente é algo que tem que ver com a psicologia humana e com as relações sociais.
Um vidro partido numa viatura abandonada transmite uma ideia de deterioração, de desinteresse, de despreocupação que vai quebrar os códigos de convivência, como de ausência de lei, de normas, de regras, como o "vale tudo". Cada novo ataque que a viatura sofre reafirma e multiplica essa ideia, até que a escalada de atos cada vez piores, se torna incontrolável, desembocando numa violência irracional.
Em experiências posteriores (James Q. Wilson e George Kelling), desenvolveram a 'Teoria das Janelas Partidas', a mesma que de um ponto de vista criminalístico conclui que o delito é maior nas zonas onde o descuido, a sujeira, a desordem e o maltrato são maiores.
Se se parte um vidro de uma janela de um edifício e ninguém o repara, muito rapidamente estarão partidos todos os demais. Se uma comunidade exibe sinais de deterioração e isto parece não importar a ninguém, então ali se gerará o delito.
Se se cometem 'pequenas faltas' (estacionar em lugar proibido, exceder o limite de velocidade ou passar-se um semáforo vermelho) e as mesmas não são sancionadas, então começam as faltas maiores e logo delitos cada vez mais graves. Se se permitem atitudes violentas como algo normal no desenvolvimento das crianças, o padrão de desenvolvimento será de maior violência quando estas pessoas forem adultas.
Se os parques e outros espaços públicos deteriorados são progressivamente abandonados pela maioria das pessoas (que deixa de sair das suas casas por temor a criminalidade) , estes mesmos espaços abandonados pelas pessoas são progressivamente ocupados pelos delinquentes.
A Teoria das Janelas Partidas foi aplicada pela primeira vez em meados da década de 80 no metrô de Nova York, o qual se havia convertido no ponto mais perigoso da cidade. Começou-se por combater as pequenas transgressões: graffitis deteriorando o lugar, sujeira das estacões, alcoolismo entre o público, evasões ao pagamento de passagem, pequenos roubos e desordens. Os resultados foram evidentes. Começando pelo pequeno conseguiu-se fazer do metrô um lugar seguro.
Posteriormente, em 1994, Rudolph Giuliani, prefeito de Nova York, baseado na Teoria das Janelas Partidas e na experiência do metrô, impulsionou uma política de 'Tolerância Zero'.
A estratégia consistia em criar comunidades limpas e ordenadas, não permitindo transgressões à Lei e às normas de convivência urbana. O resultado prático foi uma enorme redução de todos os índices criminais da cidade de Nova York.
A expressão 'Tolerância Zero' soa a uma espécie de solução autoritária e repressiva, mas o seu conceito principal é muito mais a prevenção e promoção de condições sociais de segurança. Não se trata de linchar o delinquente, nem da prepotência da polícia, de fato, a respeito dos abusos de autoridade deve também aplicar-se a tolerância zero.
Não é tolerância zero em relação à pessoa que comete o delito, mas tolerância zero em relação ao próprio delito. Trata-se de criar comunidades limpas, ordenadas, respeitosas da lei e dos códigos básicos da convivência social humana.
Essa é uma teoria interessante e pode ser comprovada em nossa vida diária, seja
em nosso bairro, na vila ou condominio onde vivemos, não só em cidades grandes.
A tolerância zero colocou Nova York na lista das cidades seguras.
Esta teoria pode também explicar o que acontece aqui no Brasil com corrupção, impunidade, amoralidade, criminalidade, vandalismo, etc.
Pense nisso!"
Autor desconhecido
Bom carnaval pra vocês galera (no meu caso, trabalho, tv, chuva, comidinhas calóricas e conversas gostosas com pessoas queridas).
Bisous!
quarta-feira, 26 de dezembro de 2012
Nouvelle Loi 101
Oi gente,
Estou meio sumidinha mas é que ando tão cansada que tem dias que quando chego em casa só quero banho, cama e ar condicionado e nem me lembro que existe uma coisa chamada computador. Esses dias de Natal não são nada fáceis para quem trabalha com comércio e eu fico um bagaço. Acrescente a isto o fato de estar muito muito calor, de eu estar correndo pra emitir um novo passaporte, marcar e fazer os exames médicos complementares, justo agora quando todos os médicos não estão trabalhando, descobrir que provavelmente terei que antecipar minha ida, tentar contato com as Commissions Scolaires, etc etc etc. Ai, loucura total!
Mas a parte boa disso tudo é que estou cada dia mais perto de realizar meu objetivo e começar enfim uma vida nova, tão sonhada, tão desejada, tão imaginada, tão gritando para acontecer.
Na última semana eu mal li os jornais canadenses que costumo ler, não estudei, não ouvi meus podcasts, não assisti o jornal da Radio-Canada que passa na TV5 e acabei com isso meio que me esquecendo das palhaçadas que acontecem por lá. Obvio que nenhum lugar no mundo é perfeito e obvio que o governo lá também mete os pés pelas mãos algumas ou várias vezes. Olha só o que eu vi agora de pouco no fb:
Na boa, eu acho que preservar o francês é preciso sim, mas pra tudo nesta vida tem limite né! Onde fica o bom senso?
Manif neles galera!
Bisous!
Estou meio sumidinha mas é que ando tão cansada que tem dias que quando chego em casa só quero banho, cama e ar condicionado e nem me lembro que existe uma coisa chamada computador. Esses dias de Natal não são nada fáceis para quem trabalha com comércio e eu fico um bagaço. Acrescente a isto o fato de estar muito muito calor, de eu estar correndo pra emitir um novo passaporte, marcar e fazer os exames médicos complementares, justo agora quando todos os médicos não estão trabalhando, descobrir que provavelmente terei que antecipar minha ida, tentar contato com as Commissions Scolaires, etc etc etc. Ai, loucura total!
Mas a parte boa disso tudo é que estou cada dia mais perto de realizar meu objetivo e começar enfim uma vida nova, tão sonhada, tão desejada, tão imaginada, tão gritando para acontecer.
Na última semana eu mal li os jornais canadenses que costumo ler, não estudei, não ouvi meus podcasts, não assisti o jornal da Radio-Canada que passa na TV5 e acabei com isso meio que me esquecendo das palhaçadas que acontecem por lá. Obvio que nenhum lugar no mundo é perfeito e obvio que o governo lá também mete os pés pelas mãos algumas ou várias vezes. Olha só o que eu vi agora de pouco no fb:
Na boa, eu acho que preservar o francês é preciso sim, mas pra tudo nesta vida tem limite né! Onde fica o bom senso?
Manif neles galera!
Bisous!
Assinar:
Postagens (Atom)