Mostrando postagens com marcador vida. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador vida. Mostrar todas as postagens

domingo, 20 de outubro de 2013

6 meses e alguns dias

Então vamos lá tirar o pó do blog, afinal fim de semana é sempre tempo de ménage.
Muito rolou desde a última vez que escrevi. Já faz mais de seis meses que cheguei e posso dizer que no geral estou satisfeita com a vida por aqui. É lógico que sempre existem os dias ruins, mas no geral eles não chegam a 10% do meu tempo. O que mais pega é a falta das pessoas queridas que não estão aqui comigo. Tem dias que eu passo muito tempo me imaginando no Brasil, com eles, jogando conversa fora e dando risada, como costumava ser... e posso dizer que é muito difícil você acompanhar a vida dessas pessoas à distância. Dá um aperto no peito, mas passa. Outro dia quase chorei no ônibus pensando que eu tava aqui, num país tão bom, tão mais justo, mais decente, mais seguro, e minha família lá no Brasil, passando medo, insegurança, pagando caro por tudo e recebendo tão pouco em troca. Mas não tem jeito: não é todo mundo que quer sair do seu país, mesmo com todos problemas que ele tenha. Não é todo mundo que tem a vontade, a coragem, a disposição e o desprendimento necessários para largar tudo e recomeçar do zero, com mil incertezas na cabeça e muito esperança no coração. E há de se respeitar. Eu sou a exceção e tenho que lidar com isso. Para se ganhar algo é preciso perder algo. Acho que esse sentimento de solidão e tristeza que bate às vezes está muito relacionado com o fato de eu estar aqui sozinha (dããã!!!). Fiz muitos amigos e eles são demais, pessoas maravilhosas, mas é diferente de quando você volta pra casa à noite e encontra a tua família alí. Porém esse foi um dos motivos que me fez vir pra cá: começar a minha família num lugar melhor, com mais oportunidades pros meus filhos (se eu os tiver), mais liberdade, mais segurança, enfim, todo aquele bla bla bla que todo imigrante conhece.

Bom, deixando de lado um pouco o sentimentalismo, vamos ao lado prático: estou trabalhando.
Não posso dizer que foi difícil consegui-lo. Comecei a procurar emprego em meados de julho, depois do fim da francisação, mandei vários CVs, me cadastrei em alguns sites, segui algumas das orientações da conseillère d'emploi, e duas semanas depois fiz minha primeira entrevista numa agencia de recrutamento. A RH disse no final que tinha uma vaga pro meu perfil e ia me indicar. Tive que fazer umas seis provas diferentes de inglês, francês, informática e afins, e uma semana depois fiz outra entrevista pra mesma vaga, já na empresa, com o diretor da área. Eu saí de lá pensando que tinha ido bem, o que era bom, mas que a vaga não era legal, o que era ruim, pois se seu passasse eu não ia ter coragem de dizer não e continuar desempregada e acabaria trabalhando com algo muito chato que não me estimula nem um pouco. E foi o que aconteceu. E pra piorar tudo eu moro em HOMA e trabalho em Ville St-Laurent, uma hora e meia pra ir e uma e meia pra voltar, todo santo dia. Ultimamente saio de casa ainda tá escuro e quando chego, já tá escuro de novo (pelo menos a janela do meu bureau é bem grande e consigo ver o sol a tarde toda). Pra quem tava acostumada à uma caminhada de 25 minutos pra ir ao trabalho, não é facil. Meu pior pesadelo se concretizou: perder três horas da minha vida todo dia no trânsito. Mas tenho que dizer que estou acostumando. Tenho lido muito durante o trajeto e quando o livro é bom, ajuda muito. Quando bate a tristeza, o desespero, o "o que que eu to fazendo aqui?", penso que isso é passageiro. Penso que ainda no Brasil eu imaginava que meu primeiro emprego ia ser tão ruim que mal daria pra pagar o aluguel mais o supermercado. E no fim das contas foi mais fácil do que esperava. O que não significa que esteja sendo fácil. Pois não está.
Estou feliz no trabalho? Não. Mas apesar de tudo agradeço todos os dias pelo fato de ter um trabalho que paga as minhas contas e que vai me ajudar no futuro a conseguir um emprego melhor.
Ainda procuro o pote de ouro no fim do arco-íris. Uma profissão nova que me faça feliz. Mas tá nada fácil achar. Like always I will have to compromise on something... we will see.

To achando que o post tá meio depressivo, então vamos falar de coisas mais alegres:
Adoro Montréal. Adoro andar pelas ruas da cidade, ver a vida passar, ver a paisagem.
E falando em paisagem: o outono! Lindo, maravilhoso. Sempre foi minha estação favorita, mesmo no Brasil, e aqui então, nem se fala. Fico babando nas árvores coloridas, tão lindo que só estando aqui para sentir como uma coisa tão "banal" como a mudança da estação pode ser tão maravilhosa. A natureza é mesmo incrível.
Adoro as mil opções de bares e restaurantes que a cidade oferece. Cada fim de semana tenho indo num bar diferente. O objetivo é nunca repetir o bar, até conhecer um número significativo deles (acho que vai levar pelo menos um ano). Adoro as várias opções de cerveja que encontro por aqui e já até não ligo mais para o fato de ter que beber cerveja sem pastel, calabresa, mandioca frita, picanha fatiada com catupiry e afins. Acho que é porque quando se bebe Itaipava você precisa de algo que ajude a cerveja a descer. Mas quando você pode escolher uma boa cerveja, você não precisa de acompanhamentos.
Obs: na minha cidade no Brasil, 90% dos bares só serviam uma marca de cerveja. Era aquela porcaria e pronto. Saudades zero!
Adoro as mil opções de entretenimento por aqui. Sempre tem algo pra fazer. Às vezes tem tanta opção que fica difícil conciliar tudo. Cinemas, galerias, exposições, shows... Mês passado fui num show não divulgado para somente 200 pessoas do Arcade Fire (graça aos amigos que ficaram na fila por mim) - lançamento do álbum novo "Reflektors". Duas semanas depois, ia no show do Stereophonics (que amo demais), mas chegando lá tinha um aviso que o show tinha sido cancelado na última hora!. Duas semanas atrás foi a vez de Kings of Leon, de graça, na Place des Arts. Essa semana tem Franz Ferdinand (ainda to pensando se vou ou não), e ontem perdi o show da Lou Doillon (fiquei sabendo na ultima hora, não tinha mais ingresso :( !!!). Fora todos os outros concertos de artistas não tão conhecidos que rolam todos os dias em algum canto da cidade.
Adoro a localização da cidade, entre Toronto, Ottawa, Québec e os EUA. Estou louca pra por o pé na estrada e passar um fim de semana em cada canto, em cada ptt coin de la province. Há umas três semanas fui pra Mont-Orford, à convite dos amigos do Voilà Pourquoi, ver as lindas cores do outono, fazendo hiking - pela primeira vez desde que cheguei. Foi maravilhoso e voltei decidida a explorar mais os parques e as cidades do Québec. Fim de semana passado foi feriado de Ação de Graças e fui pra New York... tão fácil! Foi ótimo passear um pouco e aproveitar os precinhos mais em conta dos EUA pra comprar meu casaco de inverno e outras coisinhas mais.

Parc National du Mont-Orford


Adoro as bibliotecas de Montréal. Não tem nem muito o que comentar. Amo demais.
Estou começando a adorar bacon, manteiga de amendoim, maple, poutine e outras gordices canadenses. Fora que ultimamente só como chocolate se tiver caramelo junto. E por incrível que pareça ainda não senti falta de churrasco, bolinha de queijo, pastel, mandioca, brigadeiro, bolo de chocolate da doceria da família, do peixinho grelhado do meu almoço de quase todo dia entre outros. Às vezes bate aquela vontadinha mas nada desesperador. E depois, já fui em várias festinhas de brasileiros com guloseimas brazucas que mataram as lombrigas.
Adoro a educação das pessoas por aqui. Lógico que sempre tem os mal educados, em todo lugar né, mas no geral o povo é bem mais educado e simpático que no Brasil. Sim, simpático. No trabalho eu fico sempre besta de ver como o povo em geral é simpático, sempre se desculpando por incomodar (coisa de canadense, e eu sou exatamente assim), sempre elogiando pequenos gestos, pequenas ações... muito diferente do que eu estava acostumada. E quando preciso falar com algum service à la clientèle então? Nossa, no Brasil eu dava tudo pra não ter que ligar pra um telemarketing e aqui o povo que te atende é sempre tão mais eficiente, mais simpático, mais solícito. Não vou dizer que isso seja a regra, mas comigo 80% das vezes foi assim.
Bom, e como eu adoro passar o meu fim de semana fora de casa, vou terminando o post por aqui porque a vida não me espera e tem coisas mais interessantes do lado de fora da maison pra fazer.

Ah, e uma mensagem pros colegas que estão esperando seus processos terminarem, angustiados aí no Brasil: força, coragem. Logo termina. E a recompensa será enorme! A espera vale a pena.

Bisous!



quarta-feira, 27 de março de 2013

Daqui duas semanas...

uma hora dessas eu estarei no avião rumo à ma nouvelle vie.
Frio na barriga, ansiedade, insônia, ranger de dentes e uma lista interminável de coisas a providenciar. Quando eu risco um item, surgem mais três.
Mas beleza, tudo isso tá dentro do esperado.

Semana passada rolou a primeira despedida. Visitei minhas queridas amigas de faculdade e lógico que no final eu não consegui me segurar e chorei. Nós não nos vemos sempre pois eu moro em outra cidade mas mesmo depois de 10 anos de amizade à uma breve, mas existente, distância, continuamos tão amigas quanto antes, firmes e fortes. Isso só me faz ter ainda mais certeza de que não importa a distância: quando as pessoas querem participar da vida uma das outras, elas sempre dão um jeito, é só querer.

Agora tenho certeza que o tempo vai voar. Essa semana eu nem vi passar. Amanhã vou pra praia, passar o feriado lá. Faz séculos que não vou à praia. Despedida!
Amanhã também será meu último dia de trabalho. Ainda não consigo assimilar muito bem isso, pois é difícil acreditar que possa ser verdade. Eu nasci e cresci no meio deste trabalho. Nunca fiz outra coisa na vida - tirando um estágio de 6 meses na época de facu. É estranho. Por mais que eu esteja indo embora de vez, pra ficar, eu sempre fico pensando que nunca vou me desligar do meu trabalho aqui. Minha empresa, a empresa da minha família... foi sempre tanto esforço, tanta dedicação, tanto sacrifício e eu não consigo deixar de imaginar que um dia, quando eu voltar de férias, vou acabar voltando pro trabalho, nem que seja por um dia. Não sei porque não consigo me desligar 100%, talvez seja por tudo o que já passei durante esses anos todos. Veremos!

E que venham os próximos dias. E que a lista comece a diminuir, pelo amor...

Bisous!

quinta-feira, 14 de março de 2013

Osheaga vem aí!

Amanhã começam a ser vendidos os ingressos pro Osheaga.
Quero muito ir, ouço falar neste festival desde que comecei a pesquisar sobre o Québec. Não sei se vou conseguir porque ainda não estou lá, mas a esperança é a última que morre. Não sei se terei dinheiro nem energia para aguentar os 3 dias de festival, mas se der para pelo menos ver Mumford & Sons já tá bom demais! Se bem que eu também quero muito ver The Cure, Phoenix, Lou Doillon, entre outros.



To vendo que o verão em Montréal será uma perdição!
Vem ni mim!

Bisous!

sexta-feira, 8 de março de 2013

Enfin, c'est arrivé!

Oi pessoas,

Que coisa estranha. Desde que eu tenho esse blog penso no que escreveria quando meu visto chegasse, todo lindo, todo meu. Chegou enfim o dia de escrever este post. E nem sei o que escrever. 
Ontem à tarde a campainha toca. Eu dou um pulo. De susto e de felicidade. Eu já sabia que era ele, meu visto tão esperado. Vou correndo abrir a porta. Olho nas mãos do carteiro, o envelope pardo estava lá. Sorri. Assinei tudo correndo, abri tudo correndo e quase chorei. Missão cumprida. 

Foram exatos 2 anos e 10 dias de processo. Se eu contar desde o tempo que decidi sair do Brasil de vez, aí  já são mais de três anos. Não me lembro bem quando resolvi ir pro Canada, mas foi um dia à noite, estava pesquisando cidades na internet quando resolvi dar uma chance pro país da Alanis Morissette (era mega fã dela na minha adolescência). Eu primeiro pesquisei Toronto e depois Montréal. Aí pronto, tava decidido. Tinha gostado de Montréal, achado a minha cara. Gostei mais ainda porque lá falava francês, e eu, idiota masoquista tinha cismado em me mudar pra um lugar onde não se falasse inglês (só pra tudo ficar ainda mais difícil). Aí fui pesquisando mais sobre a cidade e descobri o tal "Você tem um lugar no Québec!". Pronto, fechou! Era isso mesmo que eu queria. 

Resolvi passar um tempo lá pra ter certeza e aproveitar para aprender francês, caso contrário eu ia levar o triplo do tempo pra aprender a língua de Molière em terras brasilis. Voltei, apliquei pro processo, esperei, esperei, esperei, esperei mais um pouco, choraminguei pelos cantos e pelos blogs, e agora finalmente acabou. Tenho um visto de imigrante do Canadá, com todo orgulho.

A novela da imigração acabou. Com final feliz!
Em um mês chego no meu país adotivo. O que será dessa nova novela que se iniciará dia 11 de abril de 2013 ninguém sabe. Quando tempo ela vai durar? Também não sei. Só espero que dure o tempo que durar, que seja um tempo feliz.



Bisous

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

2 anos e Decision Made

Hoje faz exatos 2 anos que meu processo de imigração começou. Passados 24 meses eu ainda não estou no Canadá, mas to quase lá. Na época eu pensava que no máximo até setembro de 2012 eu estaria curtindo a vida adoidado estudando francês e procurando emprego em Montréal.
Mas já me resignei e aceitei a espera, sem não antes muitas doses de revolta ao longo do caminho. 

Agora ando muito feliz. Estou muito contente mesmo com todas as mudanças que acontecerão em minha vida. Nova cidade, novo país, novas línguas, novos amigos, novos sabores, novos cheiros, novas cores, novos desafios, novas oportunidades. 
Passo o dia todo a sonhar acordada com tudo o que está para acontecer. E isso me enche de alegria.
Ando super otimista e acredito que encontrarei coisas muito boas em meu caminho. 



Falta pouco.

Bisous!

Editado: Escrevi este post dia 22 pq sabia que os próximos dias seriam corridos, eu não teria tempo de postar dia 25 e fazia questão de fazer um post de 2 anos. Ontem à noite, quando cheguei em casa, consultei meu ecas e voila: Decision Made.
Só espero que a decisão tomada tenha sido aquela que estou aguardando há 2 anos!
Falta muito pouco.

quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Arrependimentos

Vi ontem este vídeo bem interessante que fala dos maiores arrependimentos das pessoas quando estão perto da morte.



Achei o "ranking dos arrependimentos" bem condizente com o que observo no mundo e nas pessoas. Mas o que me tocou foi uma das coisas que a médica disse: que as pessoas fazem pelos outros aquilo que elas acreditam ser importante para eles, mesmo que eles nunca tenham pedido nada. E isso com o tempo acaba gerando mágoa e cobrança.

Posso dizer que já passei por isso e ela tem toda razão. E penso que isso me ajudou também a tomar atitudes mais egoístas em relação a mim sem me sentir culpada. Afinal a primeira pessoa que eu tenho que agradar nessa vida é mim mesma!

Bisous!

quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

Alegrias x Tristezas


Essa semana finalmente meus exames médicos chegaram em Ottawa. Dia 15 mais precisamente. Foi um alívio saber que essa etapa estava concluída e agora nada mais depende de mim, e sim da boa vontade do consulado. Meu passaporte já foi enviado no começo de janeiro, mesmo eu sabendo que ainda vai demorar semanas até os exames voltarem pro Brasil. Mas segui o protocolo, paguei a taxa e mandei tudo nos prazos exigidos.  Só que minha felicidade de ver as coisas andando durou pouco depois que vi na CBQ vários comentários de pessoas que fizeram os exames em outubro e até agora não receberam o visto. Pessoas com o passaporte preso no consulado há mais de um mês e meio. Comecei a ficar apreensiva e desconfiada tudo de novo. Tenho medo que eu não consiga seguir minha meta de ir no começo de abril se esse consulado não agilizar logo os vistos. E só de pensar em prolongar minha estada no Brasil eu tenho calafrios.

Na verdade é um sentimento muito ruim, ou uma confusão de sentimentos muito ruim. Toda vez que eu penso que em breve terei que deixar minha família aqui e seguir sozinha eu fico tão triste. É horrível. Não sei o que é pior: deixá-los ou deixá-los no Brasil. A cada dia que passa tenho mais medo desse país. Em pouco tempo vi episódios de extrema violência contra pessoas de bem e não consigo deixar de pensar que a próxima vítima pode ser eu ou algum amigo ou parente. Me entristece muito o fato de que as pessoas que eu mais amo no mundo vão ficar aqui, no meio dessa violência toda. Quero levar todos comigo mas...


Ao mesmo tempo fico feliz por estar indo embora. Não suporto mais morar aqui. Minha cidade está afundando e nada me faz crer que um dia ela vá melhorar. Não vejo a hora de começar logo uma vida nova e diferente. Vai ser muito difícil, vou sofrer, eu sei. Haverá momentos em que pensarei: “o que eu estou fazendo aqui?” Mas acredito que não exista evolução sem um pouco de sofrimento.

Bisous!

quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

O stress me persegue ou eu persigo o stress?

Salut les gars et les filles,

Primeiro post de 2013 hoje, e eu nem pra desejar um feliz ano novo pros meus leitores. Ai, que blogueira mais relapsa eu. Fato é que janeiro já começou confuso e cheio de pequenas e grandes conturbações que o blog ficou pra escanteio. Mas ontem foi aniversário de 19 meses de federal então resolvi aparecer por aqui.

Minha vida anda tão tumultuada que eu nem to conseguindo saborear direito essa felicidade de fim de processo. Bom, fim mais ou menos, porque um mês depois de receber o combo meus exames ainda não foram enviados pra Ottawa. Isso também está me deixando nervosa, triste, desanimada, louca da vida. Tudo isso graças aos exames complementares que tive que fazer e só ficaram prontos essa semana. Agora to rezando pra que o médico não enrole ainda mais pra mandar logo meus exames pro Canadá e eu receba esse visto até meados de março. Quero ver se consigo ir na última semana de março ou primeira de abril mas tenho medo de comprar passagem, arranjar moradia, deixar tudo certo pra esta data e o visto não sair. Socorro!

Enquanto isso minha cabeça ferve com tudo o que tenho para fazer e piro com as burocracias alheias que impedem meu check list de evoluir. Aliás, falando em check list, alguém sabe me dizer sobre as vacinas quer precisamos tomar antes de ir? Li em alguns blogs que o consulado manda uma lista de vacinas quando emite o visto, mas que estas vacinas eram para as crianças. Será que adultos precisam também?
Eu sou tão relaxada com isso que nem sei onde está minha carteirinha de vacinação. Aliás nem lembro da última vez que tomei vacina.

Ainda sobre o check list, estou marcando médicos, fazendo check-ups, exames mil, começando a ver passagem, pesquisando lugares para ficar nos primeiros meses, etc. Semana passada fui no HSBC para abrir a conta canadense e meu gerente falou que o IBC (central do banco responsável por isso) ia me ligar até essa segunda feira. Adivinha se ligou?

Acho que todos estão colaborando, inclusive eu mesma, para que meu check list permaneça inteiro sem um item ticado. Há um ano e quatro meses meu check list incluia aprender a fazer sozinha os quitutes brasileiros que eu amo, aprender a usar uma furadeira, aprender a instalar, conectar e programar aparelhos eletrônicos, e por aí vai. Pergunta se eu consigo pregar um prego na parede sem destruir um, outro ou ambos. Preciso urgentemente tomar vergonha na cara!

E assim os dias vão passando e eu vou lentamente surtando. Mas faz parte do processo.

Bisous!

PS: Um ótimo 2013 pra todos vocês!

terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Aumento de homicídios no Canadá em 2011


O número de homicídios no Canadá em 2011 aumentou. Trata-se da primeira alta registrada nos útlimos três anos, totalizando 598 homicídios em 2011 contra 554 no ano anterior. No Québec houve um aumento de 84 para 105 mortes entre 2010 e 2011, passando de 1,06 para 1,32 o número de homicídios a cada 100 mil habitantes. A província menos violenta é a de Yukon que não registrou nenhum homicídio em 2011, seguida pela Île-du-Price-Édouard, com apenas um e uma taxa de 0,69 a cada 100 mil moradores. A província mais violenta é Nanuvat com uma taxa de 21,01 mortes a cada 100 mil habitantes (apesar de só ter havido lá 7 homicídios - e como não mora ninguém lá, 7 já vira um número assustador!).
Só para comparar, segundo relatório da UNODC, o Brasil apresentou em 2009 uma taxa de 21,7 homicídios por 100 mil habitantes, quase o mesmo índice de violência de Nanuvat!
Com certeza depois dessa matança desenfreada que está ocorrendo em São Paulo esses números vão aumentar em 2012. 


Taxa de homicídios a cada 100 mil habitantes no Brasil (por estado)



Para ler a reportagem na íntegra sobre os números canadenses clique aqui.
Para ler sobre as taxas de homicídio ao redor do mundo clique aqui.

Ai, esse assunto pesou! Prometo que o próximo post será mais leve!
Bisous

terça-feira, 27 de novembro de 2012

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

O que fazer quando vc está esperando... #2

Como prometido quarta-feira é dia de blogagem coletiva para contar o que ando fazendo enquanto o processo não desenrola.



Domingo passado fiz algo que não fazia há muito muito tempo: coloquei meu biquini e fui pra piscina.
E como a vida é engraçada... tenho uma piscina no quintal de casa e posso contar nos dedos de uma só mão quantas vezes no ano eu chego perto dela. Não gosto de tomar sol, além de fazer mal eu não tenho saco pra ficar lá suando à toa, mas eu tenho certeza que vou sentir falta da piscina quando pegar uma canicule no Canadá. Vai ver que é assim mesmo: a gente só sente falta das coisas que não pode ter.
Por isso sexta-feira eu vou pra piscina de novo. E no outro fim de semana também. Vou fechar os olhos e me imaginar pisando na neve fofa e suja. E quando estiver amassando slush em Montréal eu vou lembrar da piscina e da brisa quente. É a vida!

Bisous!

terça-feira, 31 de julho de 2012

Les rêveries de juillet


Ando procrastinando há dias. Quando sento na frente do computador para escrever no blog eu desanimo e deixo pra lá. E nessa vai se passando o tempo e os sentimentos na minha cabeça e no meu coração vão oscilando, oscilando e chego a um ponto em que não sei mais o que pensar, o que fazer.

Tenho tentado me manter sã com relação ao processo. Coloquei na cabeça que antes de junho de 2013 o processo não acaba. Acho que isso foi bom porque pelo menos assim eu não fico mais contanto os dias e sofrendo com a demora insana do consulado. O único problema vai ser se passar de junho do ano que vem. Tenho visto muitos pedidos de exames chegando pra galera de dezembro e janeiro o que ratifica minha esperança de que o processo vai andar sim.

Este mês fiquei bem mal (fico toda vez que paro pra pensar na verdade) quando me dei conta que lá se vai mais um ano da minha vida e eu aqui no stand-by. Vejo meus familiares, meus amigos, alguns conhecidos, progredindo, sendo promovidos, começando cursos, comprando casas, investindo para o futuro e eu olho pra mim e nada. Mais um ano vai se passar e eu aqui na mesma: sem me achar profissionalmente, com minhas economias paradas, sem poder tomar grandes decisões, sem uma vida social satisfatória e outras. Dá um aperto no peito. Sei que foi escolha minha, mas uma escolha que não sabia que duraria tanto tempo para ser concretizada. E o mais angustiante é saber que mesmo depois de tanto esforço pode ser que não dê em nada, que o visto não saia e eu fique a ver navios. Haja força mental.

Depois de passar dias pensando nisso tentei esquecer um pouco esse processo e gastei meu tempo livre planejando minhas férias. Foi muito bom ficar mentalmente distante disso tudo, mas ao mesmo tempo eu acabei perdendo o foco e faz mais de um mês que não estudo.

Agora eu arranjei outra distração: as Olimpíadas. Amo esporte, sempre sonhei em assistir uma Olimpíada in loco e quem sabe um dia não realizo meu sonho. Enquanto isso me contento, e bastante, com os 4 canais do Sportv. Aliás eu estou torcendo pro Canadá tanto quanto para o Brasil (foi uma pena o Raonic perder pro Tsonga no 48° game do terceiro set – a partida de tênis mais longa da história das Olimpíadas).

Nos últimos meses eu entrei num estado de inércia para com a situação do Brasil. Não leio mais jornal, não assisto TV, não quero saber do que se passa na política, na sociedade, na cultura... cansei. Achei melhor não saber pois tudo me faz querer fugir daqui o mais rápido possível. Infelizmente esse ano tem as malditas eleições e os malditos panfletos dos políticos bandidos e caras de pau se amontoam nas calçadas me fazendo lembrar da política suja e corrupta desse país. Tenho nojo. Tenho muito nojo. Gente que não sabe escrever o próprio nome se candidatando a vereador. Vão legislar o quê? Não consigo acreditar na idoneidade de político algum. O pior é quando vejo pessoas conhecidas entrando (ou querendo entrar) nesse mar de sujeira. Pra ganhar seus 10k todo mês sem ter trabalho algum. Fora o que levam por debaixo do pano. Fico p. Fico arrasada.

Um amigo agora é professor de física do Ensino Médio em MG. A orientação da diretoria da escola é: “aprova todo mundo porque se os alunos não apresentarem boas notas nós não recebemos verba”, mesmo quando vários alunos confessaram que não sabem ler nem escrever e não sabem o que estão fazendo ali pois não entendem absolutamente nada da aula.
Sim. Isso me fez lembrar uma ex-funcionária minha que era formada no Ensino Médio e não sabia o que era adição e subtração. Não preciso falar do resto né. Isso porque eu não moro no sertão nordestino ou numa aldeia longínqua do Pará.

Cansei de tudo isso. Cansei desse povo ignorante. Cansei dos malditos carros de som passando com volume ensurdecedor na frente do meu trabalho a cada 5 minutos. Daqui a um mês será um carro de som a cada minuto, com musiquinhas grudentas e desafinadas vangloriando esses políticos de merda. Cansei de tanto buraco nas ruas. Cansei de pagar imposto e pagar também educação, segurança, saúde. Cansei de ficar com medo toda vez que o telefone toca em horas impróprias achando que é o pessoal do sistema de alarme. Cansei de ter que sair de casa no meio da noite para checar se não tem arrombamento no local do meu trabalho porque o alarme não para de disparar. Cansei de ver gente sendo assaltada à mão armada na rua do meu trabalho (que é em frente a um banco). Cansei de ver gerente de banco semi-analfabeto porque nesse país a educação não é valorizada e todo mundo escreve e fala errado e tá tudo bem.  Cansei de pagar caro, muito caro, por serviços mal prestados. Cansei de ver o preço de tudo no Brasil escalonar absurdamente, só o meu salário que não. Cansei de ver tanta miséria, falta de atendimento hospitalar, falta de salas de aula, professores extremamente mal remunerados, e o governo gastando os tubos construindo estádios de futebol (e muitos inclusive se tornarão grandes elefantes brancos depois da Copa).

Cansei de tanta coisa que cansei até de listar. O pior é que eu sei que vou continuar cansando dessas mesmas coisas e de tantas outras não importa onde eu esteja. Mas eu preciso tentar descansar. A vida tem que ser mais que isso. Mais do que ter que fechar os olhos para tudo ou viver reclamando.

On y va, on y va,  vamos tentar!

E pra completar o post, um resumão do timeline de julho:

17 meses desde o envio do meu dossiê para o BIQ
13 meses de processo federal
1 ano de blog
e hoje 6 anos sem meu pai. Dói demais. Sempre penso o que ele acharia da minha decisão. Acredito que teria seu apoio, afinal o que ele sempre quis foi me ver feliz.

Et c’est la vie! Vem agosto lindo, vem. Vem que minhas férias tão chegando!!!

Bisous!

terça-feira, 17 de abril de 2012

Le Bonheur

Em qual cidade no Québec as pessoas são mais felizes?

Todo mundo sabe que felicidade é abstrata, pessoal e relativa, mas mesmo assim foi feita uma sondagem baseada na noção que cada pessoa tem de felicidade. Veja o resultado clicando aqui.



Depois dessa só posso dizer uma coisa: mudei de idéia e vou me mudar para Rimouski.

Brincadeirinha...

Bisous!

sexta-feira, 23 de março de 2012

You've got mail!

Gentem, gentem! Cheguei em casa agorinha de pouco depois de uma ida ao shopping (sim, fiz compras, hahaha), chequei meu email e tá dam: Citoyenneté et Immigration Canada m'a envoyé mon numéro de demande!
Nem acreditei quando eu vi!
Ainda não tentei acessar o e-cas, mesmo porque todo mundo diz que demora uns dias pra entrar no sistema, mas não importa, estou muito feliz.



Eu sei que pode parecer uma besteira, eu sabia que cedo ou tarde isso iria acontecer, mas só de saber que meu processo tá lá, que alguém já olhou pra ele, que eu já tenho um EP, já é um motivo a mais pra não perder as esperanças e mentalizar positivo que tudo dará certo.

A única coisa que eu ainda não entendi é a data de recebimento do processo. No e-mail consta que foi recebido dia 09 de junho de 2011, mas eu tenho certeza (ou tinha) que eu havia postado meus docs dia 10. Lembro que era uma sexta-feira e a moça dos correios me perguntou se eu queria sedex10, e eu respondi que não porque amanhã seria sábado mesmo, então tanto fazia, eles só iriam receber na segunda anyway.
Bom, enfim, acho que foi erro do estagiário. Mas se eles quiserem deixar dia 09 eu não reclamo não. Quanto antes melhor, haha!

Antes de terminar o post eu só queria comentar que às vezes, quando a gente começa a se desligar, as coisas começam a acontecer. Esse mês eu tentei dar uma relaxada da nóia do processo. Tentei pensar menos no Canadá, estou estudando menos (muito menos), lendo menos, procurando menos informação e tentando me concentrar mais na vida aqui no Brasil. Refleti e cheguei a conclusão que minha vida aqui tá um tédio total, muito em parte graças aos meus esforços em relação à imigração. E eu decidi que isso não tava valendo a pena. É lógico que não vou despirocar total e esquecer as minhas metas, mas vou tentar não radicalizar tanto e curtir mais a vida por aqui, nem que pra isso eu gaste mais, estude menos e esteja menos preparada pra quando o momento de partir chegar. Afinal, eu sei que quando a hora chegar, preparada ou não, eu vou dar meus pulos e fazer acontecer.

Ok, agora eu vou tentar acessar o e-cas, porque mesmo sabendo que não vai ter nada lá eu não vou conseguir esperar. Aí eu desencano e passo o fim de semana nóia-free!

Bisous!

Editado: Olha a tonta desmemoriada de volta. Estava incomodada com essa estória das datas e fui olhar nas minhas gavetas pra ver quando afinal eu tinha enviado meus documentos. E não é que eu enviei dia 06 de junho?!? Agora por que eu fui cismar com dia 10 não me perguntem. Vou fazer que nem médico e jogar a culpa no stress.

quinta-feira, 8 de março de 2012

J'en ai ras le bol!

Oi gente!
Confesso que esses dias estou no maior desânimo para escrever no blog. Nem é por falta de assunto, pois vários temas polêmicos e interessantes me vieram à cabeça, mas acho que é pura preguicite mesmo.
Até hoje de manhã eu estava bem, levando a minha vidinha tranquila de sempre, aí foi só ligar o computador e ver essa notícia que pronto, todos aqueles sentimentos de insegurança, medo, desespero, incerteza, fragilidade, vieram à tona.


"All options are on the table for eliminating the massive backlogs in Canada’s immigration system, including the possibility of legislating away the more than one-million applications waiting to be assessed."


O que fazer numa hora dessas?
1. Finjo que não vi nada e sigo a vida
2. Espero mais um pouquinho pra me desesperar
3. Engulo o sapo, sento e choro


Na boa, estou muito p. da vida. Enquanto o Canadá fica pensando no que quer fazer (pensando há anos, diga-se de passagem), eu e milhares de outras pessoas ficamos com nossas vidas paradas, esperando, esperando, esperando. Esse desgaste psicológico é grande demais.


PS: Sei que não tenho o direito de reclamar, pois sabia das possíveis consequências quando iniciei esse projeto, mas inevitavelmente reclamo. E que fique claro, não pela demora em si, mas pela absoluta falta de respostas concretas. Não quero um talvez. Quero uma certeza. Nem que seja uma certeza negativa, mas quero uma certeza.


Bisous!

sábado, 25 de fevereiro de 2012

Joyeux Anniversaire!

Salut tout le monde!
Hoje faz exatamente um ano que fui até a agência dos correiros, com o maior cuidado do mundo, postar meu envelopão recheado de papel e mais papel com destino ao BIQ, para assim dar início à essa saga.



Passado 12 meses, meu balanço é:

  • 1 entrevista
  • 1 CSQ
  • 0 roupas compradas*
  • 0 sapatos comprados*
  • 0 acessórios comprados
  • 1 notebook, 1 celular e 1 ipod querendo morrer mas precisando resistir bravamente até sabe-se lá quando (alô, consulado!)
  • 1 blog criado
  • n futuros vizinhos conhecidos (virtualmente. Depois a gente passar isso para o plano real).
  • x horas de pesquisas online
  • y pessoas perguntando: "quando é que você vai mesmo?" "não foi ainda?"
  • alguns programas assistidos com legenda
  • muitos programas assistidos sem legenda (yes! Não que eu entenda 100%, mas um dia eu chego lá)
  • alguns planos feitos
  • outros planos desfeitos
Agora a atitude é Viva La Vida. Ontem pensei: não vou mais me preocupar com esse consulado. Enquanto eles ainda estiverem no "prazo" vou deixar rolar. É melhor só me estressar quando os 15 meses vierem bater na minha porta. 
Pelo menos esta é a atitude da semana. Vamos ver até quando vai durar...

Bisous!

*minto: comprei um vestido para o casamento da minha irmã e uma rasteirinha para ir trabalhar, a qual uso dia sim e dia também, diga-se de passagem.

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Canadian TV/Télé Canadienne #5: Les Parent

Voltando com minha série sobre programas canadenses, que estava completamente esquecida by the way, hoje é dia de falar de Les Parent.

Produzido pela Radio-Canada (infelizmente o programa não é exibido no Brasil, mas dá pra baixar), Les Parent já está na 4° temporada e mostra o cotidiano de uma família montréalaise, cujos pais, Natalie e Louis-Paul, fazem malabarismo para lidar com os três filhos, Zak (meu favorito), Oli e Thomas.



Desde o primeiro episódio eu me apaixonei por Les Parent. O programa não segue uma linha temporal: são várias sketchs, super leves e engraçadas, mostrando o dia-a-dia da família Parent, as estripulias dos meninos e o jeito às vezes manipulador (ou sábio), às vezes cordato demais, com que os pais lidam com seus três filhos, e tudo isso inserido no contexto de como se passa a vida no Québec.

Toda vez que assisto um episódio fico com uma vontadinha de ter uma família também (logo eu que nunca sonhei com isso. Se rolar, ótimo, se não, levo a vida de outro jeito.) E é impossível não pensar que se um dia eu tiver uma família no Canadá o meu cotidiano poderá ser bem parecido com o cotidiano dos Parent.

Bisous!

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

O próximo capítulo

8 meses. Hoje faz 8 meses que enviei meu processo para a fase federal. Mês passado eu pensei:  7 meses.  Tô na metade do caminho. Aí esse mês eu ando mais 30 dias e continuo na metade do caminho, já que o consulado resolveu prolongar ainda mais a angústia e a infinita espera dos pobres coitados que resolveram se mudar pro lado de lá do Equador.

Mas o pior de tudo é que a gente não pode cobrar nada, de ninguém.  O processo é deles, são eles quem mandam, são eles quem decidem e a nós só cabe sentar e esperar.

Eu queria não reclamar, eu queria não ficar choramingando, queria  ficar numa boa, seguir a vida normalmente, mas é bem complicado quando você está na expectativa de uma mudança radical na sua vida e não sabe quando isso irá acontecer.

Eu poderia estipular um prazo bem generoso para esse visto sair e planejar minha mudança pra junho de 2013 e enquanto isso tocar o barco, começar projetos novos, um curso novo, mudar as coisas no trabalho, voltar a comprar minhas coisinhas pessoais, tirar férias, marcar uma viagem, tantas coisas que estão em stand by no momento. Mas ao mesmo tempo eu penso: e se o visto sair em agosto, setembro, outubro??? Eu não vou querer esperar até junho do outro ano pra me mudar, eu vou querer comprar minha passagem na mesma hora e ir.

Ah, não sei mais o que pensar. Não sei se continuo em stand by, se sigo minha vida como se o Canadá não existisse e quando ele se concretizar eu largo tudo pela metade e vou, ou se me planejo para ir em um futuro distante. Mas como??? Eu não consigo viver normalmente aqui sabendo que esta não será mais minha terra daqui algum tempo. Simplesmente não dá. Meu corpo tá aqui mas minha cabeça tá la, e é muito difícil viver num mundo platônico, querer coisas que você sabe que existem mas nesse momento não estão ao seu alcance. 

O capítulo que não chega nunca


E assim eu sigo, acreditando que tudo valerá a pena, que essa espera insana será recompensada e que logo logo eu vou passar para o próximo capítulo desse livro longo demais.

Bisous!

terça-feira, 31 de janeiro de 2012

O tempo...

Nem acredito que janeiro já acabou. Se foi e eu nem vi. Agora me pergunto o que eu estava fazendo que nem vi o mês passar. Acho que vendo a chuva cair e pensando no Canadá, só pode ser.
Odeio a sensação de que o tempo está passando, eu não estou cumprindo as minhas metas e o consulado também não está cumprindo as dele.
Mas eu não vou reclamar. Vou é arregaçar as mangas e agilizar a vida. :)


Bisous!