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quinta-feira, 15 de agosto de 2013

Custo de vida

Bonjour Hi!

Bom, como prometido eu vou falar um pouco sobre o preço das coisas por aqui.
Todo mundo sabe que custo de vida depende muito de cada pessoa, cada um tem um padrão de consumo diferente e no final os valores podem variar enormemente.
O que eu pretendo escrever é sobre os custos básicos, coisas que provavelmente ninguém vai querer ou poder ficar sem. E lógico, dentre cada um desses itens há milhares de variações de preço.



1. Habitação
É pra onde vai a maior parte da grana. Morar custa caro (apesar de Montréal ser uma "cidade baratinha" nesse aspecto). Se você é sozinho, como eu, aí ferrou! Não tem com quem dividir as despesas, mas também não tem briga pelo controle remoto! A opção pra baratear é alugar um quarto ou dividir apê e aí chovem anúncios no craigslist e kijiji. Os preços podem ir de uns 300 dólares até 750, mas a média fica em 500 dólares por mês, com tudo incluso. O lado ruim é que você nunca saberá se cairá numa cilada até cair. Mas pode ser que você acabe num lugar super legal e conheça ótimas pessoas. You gotta take your chances.
Se quiser alugar um apê só pra você aí os custos aumentam, mas se for um 1 1/2 dá pra achar por uns 500 dólares também. A partir daí, cada cômodo custa geralmente uns 100 dólares a mais por mês, lógico, com suas variações. E lógico que dependendo do bairro. Esses preços são uma média de apartamentos moráveis, sem luxo algum, em bairros moráveis de Montréal. Não é o preço de Outremont e Westmount nem o preço de um moquifo lá na pqp onde nem o trem chega. Tirando os bairros da moda e dos ricos (que vão ser sempre caros) o preço sempre tende a aumentar quanto mais perto do centro você estiver.
E pra saber o custo de um apê do jeito que você quer e no bairro que você quer, aconselho visitar o Padmapper.

Outro ponto interessante a ressaltar é se o apê já vem com energia, água quente e calefação inclusos no aluguel. Se sim, tant mieux. Se não, não se esqueça de considerar estes valores na hora de fazer as contas.
Meu apê não têm estes custos inclusos e este mês chegaram as primeiras faturas!!! Medo!
Tenho que pagar 12 dólares por mês para a  HydroSolution pelo aluguel do chauffe-eau (um equipamento que aquece a água) e mais x por mês para a Hydro-Québec, cuja primeira conta é bem salgada pois é cobrado um valor de 50 dólares (plus taxes) para a abertura do seu dossie. Mas o que me preocupou mesmo foi o consumo, que foi o dobro do da inquilina anterior. Estou já imaginando o quanto essa conta vai me custar no inverno. E olha que eu tento economizar o máximo possível!
Ah, e pra finalizar um conselho de amiga: se possível, alugue um apê com entrada pra lavadora - secadora. Lavar roupa na lavanderia (seja ela do prédio ou não) é uma m****. Sua roupa só vai ficar molhada e não limpa!

2. Internet, TV, telefone
Aqui no Québec quase todo mundo tem Bell ou Videotron. Acho que deve existir outra(s) operadora(s) de tv, internet etc, mas eu desconheço. No site deles tem os preços de todos os serviços, sejam eles separados ou em bundles. Agora, a dica é ficar de olhos bem atentos pois existe uma guerra entre as duas e sempre tem altas promoções. Se você ficar esperto pode conseguir um bom desconto.
No meu caso uma amiga me avisou de uma promoção relâmpago da Bell e consegui um bundle internet ilimitado + TV com canais de base + 30 canais à escolha pelo mesmo preço apenas da internet. Mas não tenho telefone residencial (e não faz nenhuma falta). E pra quem não sabe aqui os pacotes de TV são sempre HD e quase todos vem com um equipamento para você gravar o programa que quer e assistir depois. No Brasil, eu tinha que comprar o pacote mais caro para ter essa opção de gravação e ainda pagar mais R$ 40,00 por mês por isso. Quanto ao serviço de internet não tenho do que reclamar até agora. Minha velocidade é a menor dentre as opções e mesmo assim é bem mais rápida que a internet que eu tinha no Brasil que teoricamente era o dobro dessa que eu tenho aqui. Até agora não tive problemas com queda de sinal ou qualquer outra coisa, tanto da TV quanto da internet.

3. Celular
Bom, minha base de comparação para custo de celular é meio nula, pois no Brasil eu tinha um pré-pago da TIM que eu fazia questão de esquecer no fundo da bolsa e recarregava a cada três meses pra não perder a linha (não sou uma pessoa ultra-tecnológica, acho que já deu pra perceber faz tempo né). Mas mesmo assim eu sei que celular custa caro no Brasil. Aqui também. O fato de você pagar as ligações entrantes é muito irritante, mas temos que dançar conforme a música né. Aqui existem muitas operadoras, mas na verdade o mercado é dominado por poucas empresas pois a Fido é da Rogers, a Koodo é da Telus e a Virgin é da Bell. E tem a Public Mobile também. Enfim, infinitas opções de escolha de planos e aparelhos. A diferença aqui é que você faz um plano de 2 ou 3 anos e sai com um bom aparelho de graça ou um ótimo aparelho por 150 dólares tops. Os planos mensais também podem variar bastante, inclusive na mesma operadora, de um mês para outro mudam as promoções e com isso os valores dos planos também. Mas em geral com 60 dólares por mês dá pra ter um celular legalzinho com muitos minutos pra falar e um plano de dados decente. Agora se você consome muitos dados talvez tenha que pegar um plano mais caro. Mas antes de comprar o mais caro lembre-se que aqui tem wi-fi free em tudo quanto é lugar!

4. Supermercado
Esse item é muito difícil de colocar um preço e todo mundo sabe as razões. Pra simplificar: eu sozinha gasto uma média de 150 dólares por mês no supermercado. Atenção: não esbanjo. Só compro o que tá na promoção! Sim, dá pra fazer boas compras apenas com os itens na promoção. Tenho evitado comprar "besteiras", coisas industrializadas demais, as famosas porcarias tão gostosas de comer e tão pouco nutritivas. Compro o básico, me dou de presente algumas coisinhas mais caras e diferentes de vez em quando, mas sem sair do budget. Só lembrando que eu não compro muitos produtos lacteos, que são considerados caros aqui, nem alcoólicos (que eu deixo pra comprar no bar! haha) e dizem os outros que eu como feito um passarinho!
Dica: neste site tem as circulaires de todos os supermercados. É só fuçar lá pra saber quanto custam as coisas por aqui.

5. Lazer
Outro item que não dá pra por preço. Você pode gastar muito ou pouco, dependendo dos teus hábitos. Este item pode facilmente devorar seu orçamento se você não tiver um certo controle.
Aqui existem muitas opções de lazer gratuitas, mas mesmo assim sempre acaba-se gastando um pouco. Você sai de casa e sempre compra uma água, uma cerveja, toma um sorvetinho, enfim, nunca fica no 100% gratis. Se for pra bares e restaurantes então, tem além do impostinho amigo de 15% o pourboire de 15%, totalizando sempre 30% a mais do que o valor inicial.
Mas pra exemplificar vou listar o preço médio de alguns itens:
Cinema: 13,00. Se for IMAX 20,00 (de terça o cinema custa quase metade do preço)
Shows, Teatros, Ballets, Eventos esportivos etc: variação gigantesca de preços. No site da evenko tem o preço de tudo que rola na cidade
Exposições: 25,00
Entrada para atrações turísticas: 15,00
Pichet: 13,00 (depende muito do bar e da cerveja, mas gira em torno disso)
Sorvete: 5,00 (tamanho médio)
Mas só lembrando que lazer é fundamental e não podemos, mesmo tendo que economizar no começo, abrir mão de sair, passear, nos divertir. Se não a vida não tem graça!

6. Transporte
O sistema pública de transporte daqui é bom, não é perfeito como nada no mundo, mas funciona bem legalzinho. Comprar apenas um bilhete de ônibus/metrô é caro (3 dólares) mas pra quem usa sempre o ideal é comprar o passe mensal que te dá direito a usar os ônibus e metrôs quantas vezes quiser no mês pelo valor fixo de 77 dólares. Também existem muitas outras opções de bilhetes que podem ser consultadas no site da STM. Pra quem anda de bike existe a opção do bixi e a opção do OPUS + bixi, que acaba saindo com um bom desconto. (eu não sei os preços mas no site da STM tem tudo explicado).
Agora, pra quem vai querer anda de carro, vou ficar devendo pois não tenho carro e não tenho também intenção de comprar um carro, desconheço os valores de seguro, o preço dos pneus de inverno, de estacionamento etc. A gasolina eu sei que hoje tá valendo 1,37 o litro mas acho que em cima desse valor tem impostos e uma taxa que não sei o nome.
Vale lembrar que comprar um carro aqui é facil, o problema é mantê-lo!

7. Mobília da casa
Nem vou escrever muito: você pode comprar tudo novo em lojas como Ikea, HomeDepot, The Brick, Leon, Brault & Martineau, BestBuy, FutureShop, e lojas chiquetosas de design espalhadas pela St-Laurent ou comprar usado dos vários brasileiros que vendem tudo quando se mudam pra uma casa maior/menor ou voltam pro Brasil ou ir à caça no Craigslist e Kijiji. Aí vai da curiosidade de cada um fuçar e ver o preço das coisas.

8. Roupas de inverno
Ainda não comprei, ainda não pensei nisso e se Deus quiser quando o momento necessário chegar eu vou estar trabalhando.

No geral é isso. Existem muitos outros gastos que vão sendo adicionados no orçamento ao longo do mês, dependendo do modo de vida de cada um.
Uma coisa sempre importante a se considerar é: lembrar que todos esses preços são sem os impostos (tirando aluguel), então tudo vai ficar 15% mais caro. E que existem muitas e muitas deduções no seu holerite!

E para quem possa interessar, uma matéria da Gazette explicando um pouquinho mais sobre o salário mínimo no Québec.

Espero que essas informações sejam de serventia pra alguém.
Bisous!

segunda-feira, 6 de maio de 2013

Um novo chez moi


Bonjour people,

Novidade da semana: achei um apartamento e assinei meu bail ontem! Yes!
Desde que cheguei estava preocupada com isto pois resolvi me mudar dia 1º de julho, o dia da mudança, e tava com medo de não achar nenhum lugar decente se eu deixasse pra mais tarde. Depois de dois fins de semana intensos só focados nisso, depois de ver mil anúncios, ligar para uma centena de pessoas e visitar 12 apartamentos, voilá: consegui achar um lugar não muito caro, não muito minúsculo, com aparência decente, pertinho do metro e uns 15 min. de caminhada do parque Olímpico, perto de supermercado, farmácia, banco, dollarama (eba! hehe), numa rua tranquila e com uma proprietária que não encrencou com a minha condição de recém chegada e desempregada.

Agora já posso me tranquilizar e focar na busca de um emprego. Semana passada fiz uma “formação” do MICC chamada Objectif Intégration, que explica de maneira geral como é a vida aqui, mercado de trabalho, algumas leis trabalhistas etc. Mas é uma formação bem generalista e 85% da informação dada eu já sabia. Agora esta semana tenho um rendez-vous com uma conseillère d’emploi e depois pretendo fazer outra formação de três semanas só focada no mercado de trabalho. E daí espero colher os frutos né!

E com relação à francisação, ainda vou esperar mais uma semana pra dizer com mais certeza, mas até agora não está nada bom. Minha classe é na verdade junto com o nível escrito I e II, que teoricamente é mais forte que o nível 6. Mas na prática cada aluno tem um nível diferente (muito diferente) de francês. Tem gente no nível escrito II que ainda não sabe direito a diferença entre PC, Imparfait e PQP. Muitos alunos ainda não tem vocabulário de base. A professora é muito fraca, ela não explica a teoria, só dá uns exercícios e pronto. Quando alguém não sabe uma palavra, ao invés dela dar a definição em francês, ela dá o sinônimo em inglês. Fora que a aula começa às 17h10 mas ela fica esperando (sem fazer nada, sem dar nenhuma atividade) os alunos que chegam mais tarde, então na prática a aula só começa às 18h20. Estou realmente muito decepcionada com as aulas. Espero que melhore nas próximas semanas se não vou acabar desistindo.
 
E fora isso o que mais posso dizer? Montréal está linda linda linda. É a primeira vez na vida que vivo uma
primavera de verdade, apesar das temperaturas estarem mais para verão (tem feito um calorzão e dias mega ensolarados há mais de uma semana). Ver as árvores renascerem é lindo. Quando cheguei estavam todas secas, sem folha alguma, e agora já estão verdinhas, cada dia mais verdes de suas jovens folhas. É muito
lindo presenciar esta mudança na cidade. Estava andando no bairro no fim de semana e vi vários jardins
com suas tulipas já florescidas. Fiquei olhando com a maior cara de boba feliz do mundo. A mesma cara de tonta que eu faço quando olho escrito no ônibus: Go Canadiens Go! E depois quando entro no ônibus e encontro motoristas super simpáticos que trabalham com um sorriso no rosto.
Montréal Montréal, é difícil não gostar de você!

Bisous!

quinta-feira, 4 de abril de 2013

Sobre onde vou me hospedar


Lá vai mais um post utilidade pública/vida privada.

Acho que todo mundo que lê esse bloguito de vez em quando já sabe que sou solteira, sem filhos, sem cachorro, sem gato, sem nada. Chegar sozinha facilita em alguns aspectos e complica em outros. Sabendo o que eu queria e quanto estava disposta a pagar tracei um plano A,B e C e não encanei muito pois sabia que na rua eu não ia ficar. Minha primeira alternativa era alugar um quarto mobiliado na casa de alguém. Ia sair bem mais barato que qualquer outra opção com a vantagem de já estar tudo arrumado quando eu chegasse e ainda poder conhecer gente nova já de cara. Um studio me custaria o dobro do preço e eu ficaria sozinha, isolada. Alugar um apê daqui do Brasil estava fora de cogitação. Ficar em hotel também. Não vou gastar minha grana com isso. Havia a opção de ficar numa homestay, mas não tava nem um pouco afim. Então bora procurar um coloc! Quando fui pra Montréal em 2010 aluguei um quarto no apê de uma quebeca pelo craigslist e foi super tranquilo (tirando o fato dela nunca lavar a louça) e resolvi embarcar nessa de novo.


Meu plano era: ficar até 30 de junho  num quarto mobiliado em um apê no centro ou perto de metro, numa casa com no máximo três pessoas (muita gente = muita zona = no, thanks!), com colocs simpáticos, na minha faixa etária, com os quais houvesse chances de socializar e possibilidade de estender minha estadia, caso a experiência desse certo. E lógico, eu teria que ter acesso à toda casa e não só ao quarto!

Ah, e por que 30 de junho? Bem, quero ter tempo de procurar um apê pra mim com calma, sem correria, sem ter que ficar com o primeiro que aparecer. E também porque quem sabe até lá eu já não consegui um emprego (acho difícil mas nunca se sabe) e aí eu já saberei quanto poderei gastar com aluguel pra não ficar mega enforcada e quem sabe até alugar um apê próximo ao trampo? OK ok, isso tudo é viagem, mas a mente é minha e ela viaja pra onde eu quiser, rá!

Voltando à moradia temporária.
Comecei a procurar no craigslits, kijiji, perguntei pros amigos, vasculhei as comunidades do facebook e me cadastrei no easyroommate. E foi por lá que achei minha coloc. Pra falar a verdade foi bem fácil. Há muitas opções disponíveis e os filtros ajudam bastante na pesquisa. No fim das contas havia quatro apês diferentes pra eu escolher e acabei optando por ficar na casa de uma jornalista québécoise de 29 anos que ama viajar - assim como eu, e mora em Verdun. Ela até agora foi muito simpática. Espero que daqui um mês eu possa repetir essa frase.

Bisous!

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

10 coisas que eu odeio em você.

Ando vendo muito gente por aí se lamuriando com a demora do consulado para com nossos vistos. Então, pra aliviar um pouquinho o stress e segurar a ansiedade, resolvi pensar em tudo de ruim que tem no Canadá. Todas as coisas que existem por lá (ou não existem) que me desagradam. Coisas que eu gostaria que fossem diferentes. Achei até que não fosse conseguir 10 itens para o post. Mas não é que depois do terceiro a coisa começou a fluir... tive até que me segurar pra não aumentar a lista... então vamos à ela:

1. Placas de estacionamento
Pra mim as placas de estacionamento de Montréal (ou do Canadá inteiro, vai saber) são completamente indecodificáveis. Talvez um dia, após tirar minha carta de motorista canadense, eu venha a entendê-las. Porém enquanto isso não acontecer vou continuar me sentindo uma das pessoas mais burras do planeta toda vez que tiver que saber se pode ou não pode estacionar em determinado lugar.

2. Petiscos
Essa realmente me deixa de mau humor. Você quer sair com os amigos, beber uma cerveja gelada, por o papo em dia e claro, beliscar coisinhas gordas, nada saudáveis, calóricas e muuuuuito apetitosas. Mas cadê que é fácil achar um bar que sirva essas porções maravilhosas que nós estamos acostumados a comer aqui quando sentamos na mesa de um bar pra tomar nosso choppinho. Cadê o pastel? O provolone à milanesa? A bolinha de queijo? A isca de peixe? A calabresa? A mandioca frita? A picanha na chapa? O camarãozinho? Nem batata frita meu amigo... no máximo vc vai conseguir uma poutine (que na minha opinião perde feio pra uma porção de batatas sequinhas e crocantes). Mas é a vida né. Se a cerveja tiver gelada e não for Bud light, já é alguma coisa.

3. Banana
Ainda no tópico comida, vou ter que falar da banana. Eu adoro banana. Tem tanta fruta "chique" nesse mundo, mas minha favorita é a banana. Banana é tudo de bom. Dá pra fazer de mil jeitos, quente, fria, assada, frita, com canela, com aveia, na torta, à milanesa... adoro banana. Isso sem falar que é uma das frutas que mais saciam o apetite e é super prática: não precisa de faca pra descascar, não precisa lavar, não precisa cortar, colocar em tupperware e o diabo. É simples e gostosa.
Mas essa é a banana que eu compro aqui vizinho de casa ou a que dá no meu quintal. Já comeu a banana que é vendida lá no Québec? Verde, sem gosto, sem graça, uma casca dura do caramba, uma decepção!
Pelo visto vou ter que começar a gostar de blueberries.

4. Verglas
Nesse tópico talvez haja alguém que concorde comigo. A neve é linda. Branca, fofinha, gotosa! Mas o e verglas? Gente, o que é isso? É praticamente uma cidade inteira transformada em pista de patinação. Serve para os amigos apostarem entre si quem tomará menos capotes durante o inverno. E pra mais nada.

5. Pagar para receber ligações
Não sei se isso é uma coisa somente canadense ou é prática comum no resto do mundo também, mas pagar pra receber ligação (ou mensagens) é o ó. Por isso atenção: não dê seu número a estranhos. Vai que um mala xarope resolve encarnar em você? Além de irritada você vai ficar pobrinha.

6. Gorjetas
Confesso não ser uma pessoa tip-friendly. Dou gorjeta sim quando sou bem atendida e quando acho que o serviço prestado mereceu. Mas dar gorjeta para tudo e para todos me enche. Se é num restaurante, o garçom ficou pelo menos uma hora atendendo a mesa, soube explicar o cardápio, foi simpático, não errou o pedido, etc, dou gorjeta com prazer. Agora, ir num bar, pedir uma cerveja pra uma piriguete com os peitos de fora, que não fez nada mais do que pegar a garrafa do ponto A e colocar no ponto B e ainda ter que dar gorjeta?
A última frase foi censurada pela autora.

7. Garagem
Esqueçam um pouco a periferia. Concentrem-se nos apartamentos de 100 anos do centro da cidade. Sim, eles não tem garagem. Mas até aí eu também não vou ter carro. Mas um dia quem sabe eu terei um (acho que não vai rolar passar vários invernos seguidos andando de busão). E quando esse dia finalmente chegar espero já ter resolvido meu problema cognitivo com as placas de estacionamento e espero também estar com os bracinhos em boa forma pra poder desenterrar meu pequeno possantinho depois de um dia de tempête de neige.

8. Barbecue
Não, não vou reclamar que churrasco canadense não é churrasco de verdade e eles só sabem fazer salsichas e hamburguers. Meu problema com barbecue é outro: sabor barbecue. Sabe quando você vai comprar alguma coisa (inúmeras coisas) e ao invés de ter o gosto do produto eles colocam aroma artificial de qualquer outra porcaria porque acham que assim vai vender mais? Tipo batata frita sabor strogonoff, biscoito recheado sabor torta de limão, chocolate sabor pavê de morango. WTF???
Eu não sei se é pura implicância minha mas parece que tudo o que eu ia comprar no Québec era sabor barbecue. Po, por que não deixa a comida ter o gosto que é pra ter? Ae, fiquei de mal.

9. Lavanderia
Vai ver que ela tem razão
Sabe o título do post? Então, eu não "odeio" todas essas coisinhas que escrevi acima. Eu só "não gosto". Mas se tem uma coisa que eu odeio é a falta de lavanderia nos aptos (e em algumas muitas casas) no Québec. Olhe lá, eu não sou a Monica, não tenho mania de limpeza, não tenho a casa mais limpinha do planeta e nem gosto de fazer faxina. Mas esse negócio de não ter onde lavar pano de chão, pano de prato, não ter onde esfregar as roupas (adoro uma máquina de lavar, mas às vezes a gente tem que dar uma esfregadinha se não encarde muito), a falta de um tanque me deixa angustiada. Afinal como toda mulher eu adoro um tanquinho!!!
PS: se você compreende minha angústia e tem solução pra ela, aide-moi stp!

10. And last but not least:
Já há relatos de que Michel Teló tenha chegado por lá. Ai se eu te pego seu desgraçado!

Bisous!

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Canadian TV/Télé Canadienne #4: Property Virgins

Desde criança eu adoro ver plantas de casas, apartamentos, fico pensando na decoração, em maneiras de se fazer mais com menos, etc... Até já pensei em ser arquiteta, mas como eu e a geometria não somos melhores amigas, acabei virando uma pseudo-publicitária. Porém isso não tirou meu gosto por imóveis e ultimamente eu ando meio obcecada em ver casas, apartamentos, lofts (quero um!) e tudo mais que existe dentro deles. E parte de minhas obsessões é assistir Property Virgins. Acho que já vi todos os episódios exibidos pelo FoxLife.

Pra quem não conhece Property Virgins é um reality canadense (anglófono) que está no ar desde 2006. No programa a especialista em real estate Sandra Rinomato ajuda compradores de primeira viagem a encontrar um lar doce lar. O programa começou mostrando imóveis da região de Toronto e depois da primeira temporada se expandiu para algumas áreas metropolitanas dos EUA. Os episódios seguem sempre o mesmo padrão: a Sandra pergunta ao(s) comprador(es) qual é o orçamento, o que a casa precisa ter e qual a localização ideal. Depois ela mostra três imóveis compatíveis e o "property virgin" em questão só precisa escolher um deles e comprar.


Vi o programa por acidente, um dia qualquer enquanto zapeava a tv, e depois que descobri que o programa era canadense não parei mais de assistir. Adoro ver como são as casas e apês canadenses por dentro, desde a estrutura da casa, sua planta e a decoração. Pra falar bem a verdade eu prefiro mil vezes o estilo de casa que temos no Brasil. Não curto muito as casas estreitas e cheias de escadas que existem por lá, nem o fato de não haver venezianas nas janelas. Também é meio estranho pra mim ver casas sem piso frio e azulejos na cozinha e banheiros. Fora o fato de que muitas vezes uma casa tem uns 200m² e apenas um único e mísero banheiro. Mas ok, é por isso mesmo que a gente nasce com esse incrível poder de adaptação.

Parece besteira mas eu consegui aprender várias coisinhas interessantes, como a importância de renovar o telhado, as janelas, os diferentes sistemas de calefação, conheci alguns programas governamentais de ajuda para a compra de imóveis e também como funciona o mercado lá na hora de concluir uma negociação. Mas o que eu mais gosto mesmo é ficar sonhando acordada, imaginando como será a minha casinha lá. Será que eu vou deixar de ser uma property virgin no Canadá? I hope so...

Bisous!