quinta-feira, 21 de junho de 2012

Vergonha de ser canadense ou vergonha de ser humano?

                  colagem de Joana Cocarelli
A semana toda eu abro os jornais, ligo a TV e é Rio+20 pra cá, Rio+20 pra lá. Confesso que eu acho que todas essas reuniões não vão dar em nada, mas ao mesmo tempo penso ser de extrema importância levantarmos questões e discutirmos soluções para os novos (e velhos) desafios que o mundo nos impõe.

E dando minha zapeada diária pela internet achei a matéria abaixo onde li "I apologize in advance, but I'm from Canada."

At Rio+20, I find myself ashamed of being Canadian




Rio de Janeiro – “I apologize in advance, but I’m from Canada.”
That’s the way I’ve been introducing myself in recent days at the Rio+20 United Nations Conference on Sustainable Development. I am greeted with pity.
It is with a heavy heart that I find myself feeling – along with several other youth and non-governmental-organization delegates here at the conference – ashamed to call myself Canadian.
The pride I wish I had for my country has vanished among repeated failures on the part of Canada to play an active role in climate negotiations.
At the last Conference of the Parties (the United Nations Conference on Climate Change), held in Durban, South Africa, in 2011, Canada won so many “Fossil of the Day” awards that it was given a Lifetime Achievement Award.
Now, in Brazil, Canada is again in the international spotlight for all the wrong reasons.
On Sunday, Premier Jean Charest presented his Plan Nord – a “new global model for sustainable development,” as he called it. He talked about the social and environmental benefits of exploiting the natural resources of an area of boreal forest the size of France.
Is this, as the Rio+20 slogan goes, “the future we want for ourselves and for our children”?
Is this the direction our society is headed? Where is the realization that our resources are finite and need to be protected?
Our negotiators on the international stage have the power to change the way we manage the environment in order to protect it. Yet the Canada I see now is a Canada that has no intention of progressing in terms of environmental issues.
Instead, I see myself living in a country that is regressing, withdrawing from its previous commitments and subsidizing polluting industries such as the oilsands to the tune of billions, all the while cutting environmental programs.
One may argue that economic development is needed to avert an economic crisis. But what about our growing global environmental crisis? As a young adult, I am beginning to get the sense that our elected officials are not representing our best long-term interests and are not caring for the well-being of our country and the global environment beyond the next election.
As a community organizer and environmental advocate, I dedicate most of my free time toward making our world a better place in which to live. But where is the leadership at the governmental level?
Our leaders need to realize that the time to act is now, and that if nothing is done, this Rio+20 conference will go down in history as a failure.
Climate change is not an issue that can be dealt with sometime later.
I sincerely hope I can be proud to call myself a Canadian again, although I somehow cannot bring myself to believe that this will be anytime soon.
Leehi Yonaof Dollard des Ormeaux is a student at Marianopolis College and a youth delegate at this week’s United Nations Rio+20 United Nations Conference on Sustainable Development.



Após a leitura fiquei pensando: será que os canadenses são os únicos que precisam se desculpar? Ou é o mundo todo que está em falta com o meio ambiente? Será que o problema são os políticos? Mas quem elege os políticos?
Talvez eu escrevesse: I apologize in advance, but I'm human. And despite everything I've been done so far, I'm willing to change my attitude towards a better world for me, for us and for the future generations.

Bisous!

5 comentários:

  1. pois é ... vendo as fotos dos terrenos de sable bitumineux, dos buracos de minas de diamantes e de tantas outras coisas, entendo perfeitamente o ponto de vista do(a?) estudante

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  2. Olá! Tenho ojeriza desta balela chamada Rio+20. Como vamos pensar em sustentabilidade no Brasil, por exemplo,se milhares de pessoas ainda vivem abaixo da linha da pobreza?! E mais, a Educação pode mudar tudo, mas cadê a valorização da mesma e o investimento necessário?? Por essas http://veja.abril.com.br/noticia/internacional/lideres-da-rio-20-de-novo-propoem-passar-das-intencoes-as-acoes e outras, concluo que tenho vergonha de ser brasileira D:
    Nilian
    brazucoise.wordpress.com

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  3. Concordo, Camila: a humanidade deveria se envergonhar pelo que tem feito com o planeta. Estamos destruindo tudo... Porém, infelizmente, como pequeníssimas representantes da raça humana, não podemos mudar o mundo todo, apenas uma parte dele.

    Não vejo a hora de ver os canadeses que pensam como esse palestrante tomando as rédeas de seu país e retirando esse maldito Harper e esse maldito Charest do poder. Ainda há coisas que os países podem fazer, é só olharmos o exemplo da Dinamarca. É só o povo eleger representantes decentes.

    Beijos,
    Lidia.

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  4. um pouco de descrença em qualquer futura mudança no pensamento dos governantes sedentos por uma melhor posição no cenário econômico...e ainda encontro depoimentos de alguns cientistas super conceituados dizendo que se o planeta todo se mobilizasse hj e mudasse drasticamente de atitude em relação ao meio ambiente, não conseguiríamos mudar mais que 10% das melhorias para a natureza... que os piores problemas para o meio ambiente são causados pela própria natureza...vulcões e talz....
    eu estou meio que caminhando pra viver uma vida mais "ecologicamente correta" mas pensando em fazer a "minha" parte...mas sem acreditar que vá fazer grande diferença no resultado final ... mas.... mas... socorro!! vamo que vamo... afinal....o que se leva da vida eh a vida que se leva....e viver acreditando em algo e agir numa direção estabelecida...parece muito mais verdadeiro e gratificante....
    forte abraço

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  5. Eu acho que é o ser humano como um todo, em alguns países mais, outros menos.
    Outro dia aqui em casa, depois de marido comentar sobre as estórias relatadas por um colega de trabalho que havia acabado de retornar da China, horrorizado com coisas que viu la, eu bradei: "a partir de hoje nao consumo mais produto Made in China"!
    Mas infelizmente em seguida tive que me "desdizer", pois eu posso até parar agora de comprar produtos onde venha escrito "made in china", mas o que fazer sobre todo o resto que vem com peças made in China? Me senti escrava de todo esse processo e dessa naçao (que nao é a única) que explora mao de obra infantil e semi-escrava, com condiçoes sub-humanas de trabalho e além disso é a naçao que mais polui (junto com USA) e nao ta nem ai para esse fato. Pior é que mesmo com tudo isso, fica todo o resto do mundo puxando o saco, pois se a China solta um pum, pronto, a economia do mundo inteiro vai por agua abaixo...afinal, sao mega poluidores mas também mega consumidores de energias fósseis, aço, minérios diversos... e assim vamos todos fingindo que nada esta acontecendo... Porque se todo mundo resolver boicotar o made in china, a economia entra em colapso, gera desemprego e uma crise sem precedentes. e todo mundo quer ver açao, desde que nao roube um milimetro de susas “conquistas”. Como quebrar esse elo e o circulo auto-destrutivo? No idea... Sei que é triste se ver escravizado (me sentindo Neo no matrix 1 agora....) :(

    Bjocas
    Erika
    Erika

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