terça-feira, 31 de janeiro de 2012

O tempo...

Nem acredito que janeiro já acabou. Se foi e eu nem vi. Agora me pergunto o que eu estava fazendo que nem vi o mês passar. Acho que vendo a chuva cair e pensando no Canadá, só pode ser.
Odeio a sensação de que o tempo está passando, eu não estou cumprindo as minhas metas e o consulado também não está cumprindo as dele.
Mas eu não vou reclamar. Vou é arregaçar as mangas e agilizar a vida. :)


Bisous!

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Monsieur Lazhar

Saiu hoje a lista dos indicados ao Oscar e tem quebeca na área. Eba!
O filme québécois Monsieur Lazhar foi indicado a melhor filme na categoria Filme Estrangeiro. Ainda não o vi, mas a julgar pelo trailer é o tipo de filme que eu curto.

Monsieur Lazhart conta a história de um imigrante argelino que foi contratado para substituir uma professora do ensino fundamental que morreu tragicamente. Enquanto a classe passa por um processo de superação da perda, ninguém desconfia do drama que passa o novo professor, com um passado turbulento e correndo o risco de ser deportado a qualquer momento.


Este é o segundo ano consecutivo que o Canadá concorre a melhor filme estrangeiro. Ano passado foi com Incendies (ótimo filme, adorei, muito emocionante e na minha opinião melhor que o vencedor, o dinamarquês In a better world).

Agora é esperar até dia 26 de fevereiro para ver quem leva. Acho que vai ser difícil alguém ganhar do iraniano A Separação, provavelmente o melhor filme que vi em 2011, cheio de entrelinhas e ao mesmo tempo escancarando tantas verdades - pra quem gosta de cinema de verdade, super super recomendo.

Vencendo ou não o importante é que a indústria cinematográfica canadense (e quebeca) está nos premiando com excelentes filmes e quem ganha com isso somos nós, os espectadores.

Em tempo: o Brasil esse ano está marcando presença com uma indicação a Melhor Canção, com a música Real in Rio, de Sérgio Mendes e Carlinhos Brown, feita para o filme Rio.

Bisous!

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

10 coisas que eu odeio em você.

Ando vendo muito gente por aí se lamuriando com a demora do consulado para com nossos vistos. Então, pra aliviar um pouquinho o stress e segurar a ansiedade, resolvi pensar em tudo de ruim que tem no Canadá. Todas as coisas que existem por lá (ou não existem) que me desagradam. Coisas que eu gostaria que fossem diferentes. Achei até que não fosse conseguir 10 itens para o post. Mas não é que depois do terceiro a coisa começou a fluir... tive até que me segurar pra não aumentar a lista... então vamos à ela:

1. Placas de estacionamento
Pra mim as placas de estacionamento de Montréal (ou do Canadá inteiro, vai saber) são completamente indecodificáveis. Talvez um dia, após tirar minha carta de motorista canadense, eu venha a entendê-las. Porém enquanto isso não acontecer vou continuar me sentindo uma das pessoas mais burras do planeta toda vez que tiver que saber se pode ou não pode estacionar em determinado lugar.

2. Petiscos
Essa realmente me deixa de mau humor. Você quer sair com os amigos, beber uma cerveja gelada, por o papo em dia e claro, beliscar coisinhas gordas, nada saudáveis, calóricas e muuuuuito apetitosas. Mas cadê que é fácil achar um bar que sirva essas porções maravilhosas que nós estamos acostumados a comer aqui quando sentamos na mesa de um bar pra tomar nosso choppinho. Cadê o pastel? O provolone à milanesa? A bolinha de queijo? A isca de peixe? A calabresa? A mandioca frita? A picanha na chapa? O camarãozinho? Nem batata frita meu amigo... no máximo vc vai conseguir uma poutine (que na minha opinião perde feio pra uma porção de batatas sequinhas e crocantes). Mas é a vida né. Se a cerveja tiver gelada e não for Bud light, já é alguma coisa.

3. Banana
Ainda no tópico comida, vou ter que falar da banana. Eu adoro banana. Tem tanta fruta "chique" nesse mundo, mas minha favorita é a banana. Banana é tudo de bom. Dá pra fazer de mil jeitos, quente, fria, assada, frita, com canela, com aveia, na torta, à milanesa... adoro banana. Isso sem falar que é uma das frutas que mais saciam o apetite e é super prática: não precisa de faca pra descascar, não precisa lavar, não precisa cortar, colocar em tupperware e o diabo. É simples e gostosa.
Mas essa é a banana que eu compro aqui vizinho de casa ou a que dá no meu quintal. Já comeu a banana que é vendida lá no Québec? Verde, sem gosto, sem graça, uma casca dura do caramba, uma decepção!
Pelo visto vou ter que começar a gostar de blueberries.

4. Verglas
Nesse tópico talvez haja alguém que concorde comigo. A neve é linda. Branca, fofinha, gotosa! Mas o e verglas? Gente, o que é isso? É praticamente uma cidade inteira transformada em pista de patinação. Serve para os amigos apostarem entre si quem tomará menos capotes durante o inverno. E pra mais nada.

5. Pagar para receber ligações
Não sei se isso é uma coisa somente canadense ou é prática comum no resto do mundo também, mas pagar pra receber ligação (ou mensagens) é o ó. Por isso atenção: não dê seu número a estranhos. Vai que um mala xarope resolve encarnar em você? Além de irritada você vai ficar pobrinha.

6. Gorjetas
Confesso não ser uma pessoa tip-friendly. Dou gorjeta sim quando sou bem atendida e quando acho que o serviço prestado mereceu. Mas dar gorjeta para tudo e para todos me enche. Se é num restaurante, o garçom ficou pelo menos uma hora atendendo a mesa, soube explicar o cardápio, foi simpático, não errou o pedido, etc, dou gorjeta com prazer. Agora, ir num bar, pedir uma cerveja pra uma piriguete com os peitos de fora, que não fez nada mais do que pegar a garrafa do ponto A e colocar no ponto B e ainda ter que dar gorjeta?
A última frase foi censurada pela autora.

7. Garagem
Esqueçam um pouco a periferia. Concentrem-se nos apartamentos de 100 anos do centro da cidade. Sim, eles não tem garagem. Mas até aí eu também não vou ter carro. Mas um dia quem sabe eu terei um (acho que não vai rolar passar vários invernos seguidos andando de busão). E quando esse dia finalmente chegar espero já ter resolvido meu problema cognitivo com as placas de estacionamento e espero também estar com os bracinhos em boa forma pra poder desenterrar meu pequeno possantinho depois de um dia de tempête de neige.

8. Barbecue
Não, não vou reclamar que churrasco canadense não é churrasco de verdade e eles só sabem fazer salsichas e hamburguers. Meu problema com barbecue é outro: sabor barbecue. Sabe quando você vai comprar alguma coisa (inúmeras coisas) e ao invés de ter o gosto do produto eles colocam aroma artificial de qualquer outra porcaria porque acham que assim vai vender mais? Tipo batata frita sabor strogonoff, biscoito recheado sabor torta de limão, chocolate sabor pavê de morango. WTF???
Eu não sei se é pura implicância minha mas parece que tudo o que eu ia comprar no Québec era sabor barbecue. Po, por que não deixa a comida ter o gosto que é pra ter? Ae, fiquei de mal.

9. Lavanderia
Vai ver que ela tem razão
Sabe o título do post? Então, eu não "odeio" todas essas coisinhas que escrevi acima. Eu só "não gosto". Mas se tem uma coisa que eu odeio é a falta de lavanderia nos aptos (e em algumas muitas casas) no Québec. Olhe lá, eu não sou a Monica, não tenho mania de limpeza, não tenho a casa mais limpinha do planeta e nem gosto de fazer faxina. Mas esse negócio de não ter onde lavar pano de chão, pano de prato, não ter onde esfregar as roupas (adoro uma máquina de lavar, mas às vezes a gente tem que dar uma esfregadinha se não encarde muito), a falta de um tanque me deixa angustiada. Afinal como toda mulher eu adoro um tanquinho!!!
PS: se você compreende minha angústia e tem solução pra ela, aide-moi stp!

10. And last but not least:
Já há relatos de que Michel Teló tenha chegado por lá. Ai se eu te pego seu desgraçado!

Bisous!

domingo, 15 de janeiro de 2012

Publisac

Para aqueles que como eu estão sempre de olho nas promoções e procurando os melhores preços, vale muito a pena ficar ligado no Publisac. É um site que reúne promoções, cupons de desconto, circulaires (não consigo lembrar o nome em português, dã!) por código postal. Você pode fazer buscas por cidade, bairro, categorias de produtos, marcas, varejistas, etc e pesquisar as ofertas da semana no conforto do seu lar. 
Tudo muito prático e fácil para facilitar a vida dos mãos de vaca pobres coitados que gastam (ou gastarão) em dólar aquilo que ganharam em real.

Bisous!

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Mentes criativas

Oi gente!

Momento descontração para aliviar os tormentos nossos de cada dia.
E já ir se preparando para o fim de semana. :)
Enjoy!


...com moderação!

Bisous!

domingo, 8 de janeiro de 2012

Insegurança

Hoje pela primeira vez desde que decidi imigrar senti uma sensação de insegurança. Estava assistindo a reprise do téléjournal da Radio-Canada e vi notícias sobre o aumento do desemprego no Québec.
Venho acompanhando esse assunto já há algum tempo mas nunca havia realmente refletido sobre ele. Era como se isso fosse apenas mais números e estatísticas dentro da minha cabeça já repleta deles.
Mas hoje eu me peguei pensando: se está difícil para um québécois conseguir emprego, quem dirá para uma recém-chegada que nem fala francês direito? E se eu passar meses e meses e nada? E se eu passar um ano procurando emprego e nada?

Eu sei que pode parecer estúpido mas fiquei meio angustiada. Logicamente sei que não vou chegar lá e conseguir um trabalho de cara. E estou preparada para isso. Estou preparada para estudar (e muito) francês por alguns meses logo que chegar e só depois tentar entrar de verdade no mercado de trabalho. Mas e se quando chegar essa hora, a hora da verdade, eu falhar? E nem estou falando de emprego na minha área, mesmo porque estou mais perdida do que cego em tiroteio e pretendo abrir bastante meu leque de opções quando começar minha busca por um emprego. Estou falando apenas de conseguir um trabalho para poder me sustentar.

Acho que eu nunca havia pensado antes na possibilidade do fracasso. Na possibilidade de tentar de tudo e nada dar certo. Já havia sim pensado na possibilidade de me arrepender e querer voltar, de achar que as coisas lá seriam no geral melhores e quebrar a cara, de me sentir muito sozinha e não aguentar a saudade, e eu estou ok com tudo isso. Estou indo tentar uma outra vida, se não der certo, eu volto, ou eu vou pra outro lugar. Mas e se eu quiser muito ficar lá e não tiver trabalho? Nisso eu nunca havia pensado.

Racionalmente eu sei que posso trabalhar em qualquer coisa, que posso na pior das hipóteses fazer faxina, ser ajudante de cozinha, fazer qualquer tipo de trabalho braçal, pois tenho garra e força de vontade e não me sentiria incomodada de forma alguma em fazer esse tipo de serviço (teoricamente mais fácil de se conseguir).

Mas emocionalmente eu fico pensando: e se até isso me faltar?
Acho que esse assunto aflorou o sentimento de uma possível derrota e um tipo de derrota para o qual eu não me preparei psicologicamente. A derrota de querer ficar lá a qualquer custo mas por algum motivo maior que eu, ter que voltar. Talvez seja a mesma sensação de quando penso na possibilidade do meu visto ser negado. É difícil mas pode acontecer. O que eu faria? Não sei. Não sei. Não sei. Me recuso a pensar sobre isso. Me recuso a aceitar a idéia de que isso possa acontecer. Eu já não consigo mais conceber minha vida no Brasil. Acho que se isso acontecesse não me restaria outra alternativa a não ser colocar uma mochila nas costas e tirar um ano sabático. E levar um psicólogo a tira-colo para ver se eu consigo me entender de uma vez por todas.

Bisous!

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Será?

To com tanta preguiça que nem ia postar nada hoje, mas depois de dar uma espiada na CBQ fiquei um tantinho (ou tantão) mais empolgada e resolvi compartilhar o que lá foi dito.
Certa pessoa disse que alguém de junho/2011 (meu caso) ligou no consulado hoje e falou com a Maura. Segundo ela o processo dele está com previsão de ser finalizado entre abril e maio deste ano.
Eu sei que é difícil acreditar nos prazos do consulado, mas como a esperança é a última que morre, a gente sempre acaba se apegando à qualquer boa notícia que apareça, mesmo que seja pra confiar desconfiando. E se não for maio? Junho ou julho eu também aceito dando pulos de alegria.

O consulado tá apostando corrida com o caracol.
Só espero que ele use o KERS.
Enquanto isso é melhor eu tratar de aprender logo essse maudit passé simple. Porque a hora de usá-lo tá chegando... será?

Bisous!



segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Bonjour 2012!

Mais um ano acabou, outro está começando, e o que muda na verdade? Acho que nada.

2011 foi um ano bem estranho pra mim. Acho que estranho é mesmo a palavra. Não posso dizer que foi bom nem ruim. Foi estranho. Um ano em que não comecei nada, não terminei nada, um ano que ficou no plano das idéias. Poucas ações concretas e muitos sonhos. Mas parando um pouco pra refletir acho que o último ano foi de amadurecimento. Eu sinto que mudei bastante meu ponto de vista sobre inúmeros assuntos (pra melhor na minha opinião), estou conseguindo enxergar mais além do meu próprio umbigo e sinto que estou muito melhor com meu eu interior.

E pra 2012? É lógico que eu quero um monte de coisas, mas a principal delas é sabedoria. Sabedoria para guiar minhas ações no caminho certo, para lidar com os ganhos, as perdas, as frustrações, e principalmente muita sabedoria em tudo o que tange a maior mudança da minha vida: a imigração.

Venha 2012, venha brilhar 

Se eu conseguir ter paz de espírito e encontrar meu caminho já estarei dando um passo gigante rumo à felicidade.

E que todos consigam atingir suas metas esse ano, sejam elas quais forem.

Bisous!